No dia 18 de setembro de 2023, o empresário Fabrício de Luna Vieira enfrentará o Tribunal do Júri em Brodowski, São Paulo, acusado de ser o responsável por um trágico acidente que causou a morte da dona de casa Katiuscia Bianca, de apenas 31 anos, em janeiro de 2019. Além da fatalidade, o acidente deixou o marido da vítima, Igor de Moraes Alves, e a filha do casal, que na época tinha apenas um ano, feridos. A gravidade do caso levou a Justiça a qualificar a ação de Fabrício como homicídio doloso, o que pode resultar em uma pena de até 20 anos de prisão.
Contexto do acidente e as implicações jurídicas
O acidente ocorreu na noite de 13 de janeiro de 2019, na Rodovia Cândido Portinari (SP-334). De acordo com investigações da Polícia Rodoviária, o carro dirigido por Fabrício colidiu na traseira do veículo da família, o que resultou em um impacto tão forte que o carro foi lançado contra uma árvore. Katiuscia Bianca não resistiu aos ferimentos e faleceu no local, enquanto Igor e a filha conseguiram sobreviver, mas não sem traumas físicos e emocionais.
Provas e testemunhos
Um dos elementos centrais no processo é uma gravação feita pela Polícia Militar no momento da abordagem a Fabrício. Na gravação, ele admite ter consumido álcool antes de dirigir, mas se recusa a realizar o teste do bafômetro. Além disso, testemunhas presentes na cena do acidente relataram que o empresário aparentava estar embriagado no momento da colisão.
Durante o processo judicial, a defesa de Fabrício tentou argumentar que o acidente foi causado pelo estouro de um pneu de seu carro e pela falta de iluminação no veículo da família. No entanto, essas alegações foram rejeitadas pela Justiça por não haver provas que sustentassem esses argumentos, levando à decisão de processar Fabrício por homicídio doloso.
Impacto na comunidade e na família da vítima
O caso teve um grande impacto na comunidade de Brodowski, trazendo à tona discussões sobre embriaguez ao volante e a responsabilidade de motoristas. Igor, o marido de Katiuscia, expressou sua indignação com a liberdade provisória concedida ao empresário após sua prisão inicial. Ele descreveu sua esposa como uma verdadeira heroína, destacando que, apesar de estar dentro do carro no momento do acidente, Katiuscia se jogou sobre a cadeirinha da filha para protegê-la. “Ela saiu apenas com um arranhão, mas deu a vida por nossa filha”, declarou Igor em entrevistas recentes.
Expectativa e desdobramentos
Com o julgamento marcado, familiares, amigos e a comunidade aguardam com expectativa o desfecho do caso, que também representa uma oportunidade para discutir questões essenciais sobre a segurança no trânsito e as consequências da condução sob influência de álcool. O Ministério Público argumenta que ao dirigir embriagado, Fabrício não só desprezou sua própria vida, mas também a dos outros, colocando em risco a segurança de todos na estrada.
As autoridades reforçam que é fundamental que motoristas assumam responsabilidade por suas ações e entendam as graves consequências que podem advir de decisões imprudentes. O julgamento de Fabrício será um momento não apenas para buscar justiça para a família de Katiuscia, mas também para evidenciar a importância de um trânsito mais seguro e consciente.
A sociedade de Brodowski acompanhará de perto o julgamento em setembro, com esperança de que medidas rigorosas possam ser tomadas para evitar que tragédias semelhantes se repitam no futuro. A dor da perda de Katiuscia ainda é muito presente e todos esperam que esse trágico evento sirva como um alerta para motoristas de todas as idades.
*Sob supervisão de Helio Carvalho. Para mais informações e atualizações, siga o g1 Ribeirão Preto e Franca nas redes sociais.
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