As frases “a beleza dói” parecem mais verdade do que nunca na rotina de muitas celebridades que, para arrasar nas festas e desfiles, enfrentam roupas extremamente desconfortáveis e até perigosas. Desde vestidos que impedem de respirar até acessórios que deixam marcas visíveis na pele, as estrelas não economizam detalhes sobre os sacrifícios que fazem para brilhar.
Roupas de tapete vermelho que machucam de verdade
Anne Hathaway e o vestido corset de Milão
Durante a Semana de Moda de Milão, em 2024, Anne Hathaway usou um vestido vermelho da Versace com um corset que ela mesma mostrou em vídeo no Instagram. Na publicação, ela revelou como era quase impossível se sentar normalmente na peça, comprovando que a estética pode, sim, causar dor real.
Zendaya e o vestido de couro líquido
No lançamento de “Duna” em Veneza, Zendaya usou um vestido inspirado em um corset que ela viu na passarela. Em entrevista à Harper’s Bazaar, ela explicou que o vestido, feito de couro que parecia líquido, dificultava a respiração e a mobilidade. “Fazendo o filme, eu só focava em respirar”, afirmou.
Flechas de desconforto em eventos
Elle Fanning passou mal na Cannes de 2019, enquanto usava um vestido Prada dos anos 1950, que apertava demais. Em uma foto de bastidores, ela aparece desmaiada, com a ajuda da irmã Dakota. Já Julia Louis-Dreyfus, após o premiere de “Downhill” em 2020, comentou que o vestido Dolce & Gabbana a deixava sem ar.
Estilo que corta a respiração
Na Oscars de 2011, Beyoncé usou um vestido Alexander McQueen tão apertado que precisou de ajuda para subir as escadas. Priyanka Chopra, em 2018, falou que não conseguia respirar sob seu vestido Ralph Lauren, que, segundo ela, parecia remodelar suas costelas. E na mesma reunião, Doja Cat revelou que seu vestido com decote profundo e tiras ajustadas quase causou uma infecção urinária.
Os extremos do glamour
Vestidos que sacrificam os corpos
Bella Hadid, na edição de 2018 do Met Gala, descreveu que não conseguia se mover porque uma saia pesada, com um véu de 10 libras, foi costurada ao seu cabelo por uma hairstylist. Jennifer Garner, em 2016, revelou que seu vestido Versace a fez se sentir como se seus órgãos tivessem sido deslocados, ao ponto de precisar de dois homens ajudando-a a respirar na hora de subir ao palco.
As marcas da busca pela perfeição
Na mesma linha, Naomi Harris, no Golden Globes de 2017, quase não conseguiu respirar após o evento, tendo que ficar deitada no carro para evitar amassados. Kim Kardashian, ao usar roupas como um macacão Balenciaga na Met Gala de 2021, confessou que tinha dificuldades até para enxergar sua própria irmã devido à visão limitada proporcionada pelo look completo de tecido.
O custo físico e emocional
Kylie Jenner também entrou na lista, com uma coleção de vestidos que deixaram seus pés com hematomas, além de relatos de que precisou apertar as roupas ao extremo para alcançar o visual desejado. Ela chegou a dizer que precisava “suffocate” (sufocar) para conseguir o efeito perfeito, demonstrando o quão longe algumas celebridades vão para manter o estilo.
Impactos duradouros e reflexões
Essas histórias levantam uma questão importante: por que é tão comum aceitar que beleza envolve sofrimento? Muitas dessas celebridades confessaram que as roupas estavam tão apertadas que se sentiam mal, quase incapazes de respirar ou se mover una vez vestidas. Ainda assim, o legado estético parece prevalecer, mesmo que às custas da saúde.
Especialistas e ativistas de saúde questionam a normalização dessas práticas e defendem que modernizar o entendimento de beleza deve também incluir o respeito ao bem-estar físico. Afinal, nenhuma aparência vale o risco de lesões ou desconforto extremo.
Um olhar para o futuro
Seja na moda de alta-costura ou nos eventos de celebridades, fica o questionamento: até quando a busca pelo impacto visual vai justificar atos tão dolorosos? A mudança de paradigma é urgente, e cada vez mais figuras públicas abrem o jogo sobre os sacrifícios que fazem por uma imagem perfeita.
Por enquanto, essas revelações reforçam a necessidade de repensar os limites do glamour e de como o mercado de moda pode evoluir para priorizar o conforto e a saúde de quem veste as roupas.