A safra de laranja está em seu auge em uma fazenda do interior de São Paulo, onde um grande laranjal conta com cerca de 600 mil árvores. A ausência de chuvas intensas durante o período de crescimento favoreceu a qualidade dos frutos, que já podem ser vistos dos pés. Os produtores expressam otimismo com o volume esperado nesta temporada, que deve superar a anterior.
Clima e produtividade impulsionam o crescimento da safra de laranja
De acordo com o produtor Augusto Blanco, o mais importante é que a chuva seja distribuída ao longo do período e não caia toda de uma vez. “Cair tudo de uma vez só estraga a florada. Este ano, atrasou um pouco por causa do calor, mas a segunda florada vingou bem”, explica. A previsão é colher entre 700 e 800 toneladas, quantidade superior à safra do ano passado, que ficou abaixo da metade desse volume.
Na propriedade, diferentes variedades de laranja permitem uma colheita contínua. “Temos quatro variedades precoces, uma intermediária e duas tardias. A colheita começa em maio e vai até fevereiro ou março do ano seguinte”, detalha o produtor.
Impacto da seca do ano passado e expectativas para o mercado
Segundo João Belarmino, outro produtor local, as secas de 2024 reduziram bastante a produção, deixando os pomares com poucas frutas. “Agora, as chuvas do fim de 2024 ajudaram a garantir uma segunda florada. Por isso, vemos árvores carregadas e uma safra até 35% maior que a anterior”, afirma Belarmino. Ele acrescenta que, apesar das boas perspectivas, o mercado ainda enfrenta desafios devido a doenças como o greening, que prejudicam os pés de laranja e afetam os preços.
O mercado deve se manter estável nos próximos anos mesmo com o avanço das plantações, que ainda levarão tempo para se consolidar. Assim, a expectativa dos produtores é de uma recuperação gradual na produção, garantindo o abastecimento e o crescimento econômico do setor.
A reportagem completa pode ser assistida pelo vídeo exibido no programa em 24/08/2025. Para mais informações, acesse a reportagem no G1.