Brasil, 24 de agosto de 2025
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Noem anuncia pintura preta na parede da fronteira: ideia duvidosa e custos elevados

Secretária de Segurança Nacional celebra plano de pintar a muro da fronteira de preto, enquanto questionamentos sobre eficácia e orçamento crescem

Durante uma coletiva nesta terça-feira (20) em Santa Teresa, Novo México, a secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, anunciou a intenção do governo de pintar o muro da fronteira com a cor preta. A iniciativa, citada como uma estratégia para dificultar a escalada e a escavação, gerou críticas e comentários nas redes sociais acerca de sua viabilidade e custo.

Pintura preta na fronteira: uma ideia controversa

Noem afirmou que o muro, com sua altura e profundidade no solo, já possui garantias de segurança, mas destacou que a pintura terá como objetivo tornar a estrutura mais difícil de ser escalada ou furada. “O presidente entende que, ao pintar o muro de preto, ele aquece ainda mais ao sol, dificultando o acesso”, declarou a secretária, atribuindo a iniciativa a Donald Trump.

Apesar do entusiasmo de Noem, muitos questionaram a efetividade da medida. Especialistas apontam que, dependendo do clima, o calor provocado pela pintura pode criar riscos ambientais e pessoas que vivem na região, além de questionar se o ganho em segurança justifica o alto investimento.

Custos e histórico do projeto

Segundo a CNN, o projeto de modernização da fronteira, oficializado pelo “Big, Beautiful Bill”, destinou cerca de US$ 46,5 bilhões, incluindo obras de reforço e manutenção. Estima-se que a pintura preta de toda a extensão de 2.000 km do muro possa custar aproximadamente US$ 2,7 bilhões, considerando o valor de US$ 1,2 milhão por milha de 2020. Os custos atuais podem ser ainda maiores, dada a inflação.

Trump já demonstrou interesse na ideia anteriormente, testando seções com tinta preta em sua era. Na época, oficiais disseram que as ações eram, em grande parte, para agradar o então presidente.

Reações públicas e críticas à iniciativa

Nos comentários nas redes sociais, internautas não pouparam críticas. Um usuário questionou: “Ainda acham que a tinta vai impedir de noite, quando não há sol?”, enquanto outro ironizou: “Tudo é uma tentativa de pintar uma imagem pior do que já são”.

Outro destacou a disparidade de prioridades do governo: “Gastando bilhões em pintar a parede de preto, enquanto cortes foram feitos em programas de benefícios para brasileiros”.

Impacto político e futuro da estratégia

Muitos críticos consideram a medida uma ação simbólica e dispendiosa, sem impacto comprovado na segurança da fronteira. Especialistas ressaltam que recursos poderiam ser utilizados em melhorias estruturais ou na ampliação de tecnologias de vigilância.

O governo ainda não revelou detalhes sobre a execução do projeto nem a sua implementação, mas a expectativa é que o custo e a viabilidade sejam motivos de debates intensos nos próximos meses. A proposta reforça o cenário de polarização e decisões pouco convencionais na administração atual.

Para acompanhar atualizações, recomendo a leitura da matéria completa na ABC News e na CNN.

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