A XII Reunião Regional de Bispos e Agentes da Pastoral da Mobilidade Humana da América do Norte, América Central e Caribe concluiu-se no dia 21 de agosto, em um encontro que reafirmou o compromisso da Igreja com os migrantes. Este evento, realizado na Escola Social Juan XXIII, em La Unión de Cartago, entre os dias 18 e 22 de agosto, proporcionou um espaço significativo para o compartilhamento de experiências, testemunhos e reflexões sobre a realidade migratória atual na região.
A complexidade da mobilidade humana
Durante o encontro, os bispos fizeram uma análise detalhada da complexa realidade da mobilidade humana. Com momentos que trouxeram esperança, também emergiram discussões sobre as enormes dificuldades enfrentadas por aqueles que são forçados a deixar suas casas. “Os migrantes se tornam um testemunho de esperança,” afirmaram os bispos, ressaltando a resiliência desses indivíduos, mesmo diante de políticas anti-migratórias prevalentes na região e no mundo.
Conexão profunda com os migrantes
Os líderes da Igreja expressaram um carinho especial pelos migrantes, dizendo: “Nós os amamos muito, compreendemos o que sofrem, valorizamos suas vidas e os esforços que fazem.” Este comprometimento reflete não apenas uma posição religiosa, mas uma abordagem humanitária que visa acompanhar e aprender com a experiência de dignidade dos migrantes.
Agradecimento às comunidades acolhedoras
Outro ponto importante destacado pelos bispos foi a gratidão às comunidades de origem, trânsito e destino que continuam a acolher, proteger e apoiar os migrantes como irmãos. “Vocês são a ternura de Deus,” enfatizaram, encorajando essas comunidades a persistir em suas ações de acolhimento, proteção e promoção, em linha com o apelo constante do Papa Francisco. Além disso, enfatizaram a importância da participação social e política de todos os cidadãos, inspirada nos valores do Evangelho, para a construção de sociedades justas e pacíficas.
Reconhecimento e apelo às autoridades
Em sua declaração final, os bispos também se dirigiram às paróquias, dioceses, congregações e comunidades que estão na linha de frente do apoio aos migrantes em abrigos e casas de acolhida. “Não desanimem,” pediram, referindo-se à importância do trabalho samaritano inspirado nos ensinamentos de Jesus: “Eu era estrangeiro e vocês me acolheram.” Ao mesmo tempo, voltaram sua atenção às autoridades civis, lembrando-lhes de sua responsabilidade em promover o bem comum e de agir com justiça e respeito aos direitos humanos.
Um chamado à esperança
Encerrando a reunião, os bispos colocaram a causa migratória sob a proteção de Nossa Senhora de Los Angeles, padroeira da Costa Rica, e renovaram o apelo para viver o mandamento do amor ao próximo como base fundamental para a convivência social e eclesial. Este momento não foi apenas uma análise, mas um chamado à ação e à esperança compartilhada entre todos os presentes.
No evento, participaram cardeais, bispos, padres e leigos que representam as Conferências Episcopais da região, o que enriqueceu as discussões e o compartilhamento de experiências. O principal objetivo foi fortalecer a pastoral da mobilidade humana e promover a colaboração regional, uma iniciativa vital considerando os desafios atuais enfrentados por milhões de migrantes na América Latina.
Com Luz Marina Medina Portada – CELAM
Para mais informações, acesse: Vatican News