No último sábado (23), durante a Festa do Peão de Barretos, o cantor sertanejo Diego, que faz dupla com Henrique, foi questionado sobre a polêmica operação da Polícia Federal (PF) que investiga sua esposa, Jaqueline Maria Afonso Amaral. Em uma atitude cautelosa, ele optou por não abordar o tema em sua participação no evento. “Hoje era só a questão de trabalho, mesmo, nada de vida pessoal”, afirmou o cantor, antes de sua apresentação no palco Amanhecer, onde também fez uma participação especial no show de Bruno & Marrone.
Investigações e declarações da defesa
Jaqueline é investigada por supostamente ter lavado cerca de R$ 3 milhões para o Primeiro Comando da Capital (PCC) ao longo de quatro anos. Sua defesa negou a ligação com atividades criminosas e ressaltou que ela foi pega de surpresa com as diligências, prometendo esclarecer todos os fatos assim que tiver acesso ao processo. Na sexta-feira (22), Diego divulgou um comunicado em que explicou que as investigações em questão foram relacionadas a eventos que ocorreram durante o casamento anterior de sua esposa, que foi com Júlio César Guedes de Morais, conhecido como ‘Julinho Carambola’, um dos principais líderes do PCC no Brasil.
A operação da Polícia Federal
A operação da PF teve início na quinta-feira (21), quando mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência do casal. Em nota, Diego expressou sua confiança na integridade de Jaqueline e afirmou acreditar que tudo será esclarecido após a investigação. A PF revelou que ela é suspeita de ter utilizado contas bancárias em nome de familiares e amigos para realizar a lavagem do dinheiro do PCC, recebendo quase R$ 3 milhões entre 2018 e 2022.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Campo Grande (MS), onde a polícia apreendeu um veículo registrado no nome da mãe de Jaqueline. Também houve uma operação em um condomínio próximo a Três Lagoas (MS), onde um carro de luxo foi confiscado. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 2,7 milhões que estariam ligados às atividades criminosas.
O passado de Jaqueline
Antes de seu relacionamento com Diego, Jaqueline teve um longo relacionamento de 20 anos com Julinho Carambola. Ele é descrito como braço direito de Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, e é acusado de ser responsável por várias atividades criminosas, incluindo o assassinato do juiz Antonio José Machado Dias, em março de 2003, em São Paulo.
As implicações do passado de Jaqueline levantam questões sobre seu envolvimento com atividades ilícitas, embora sua defesa negue qualquer conexão direta. O caso representa uma reviravolta na vida pública de Diego, que até então vinha se apresentando como um dos nomes destacados da música sertaneja, recebendo elogios por suas performances na Festa do Peão de Barretos.
Repercussão no universo sertanejo
A participação de Diego na Festa do Peão de Barretos atraiu a atenção do público, não apenas pela sua apresentação, mas também pela polêmica que envolve sua vida pessoal. O evento, que costuma ser um momento de celebração e confraternização para os amantes do sertanejo, agora dá espaço a discussões sobre segurança, legalidade e as complexidades da vida privada dos artistas. A situação também levanta reflexões sobre a relação entre fama e questões legais, evidenciando que até mesmo figuras proeminentes podem ser afetadas por escândalos e investigações.
Enquanto os fãs aguardam o desenrolar dos acontecimentos, Diego e sua dupla continuam a ter um papel importante na música sertaneja, mostrando que, apesar das dificuldades pessoais, a carreira artística deve seguir em frente. A expectativa é que o casal consiga esclarecer os fatos o quanto antes e que a Festa do Peão de Barretos continue a ser um palco de entretenimento e alegria, alheio às controvérsias.
Com o evento reunindo grandes nomes da música sertaneja, como Bruno e Marrone e outros artistas, espera-se que o foco retorne à música e à celebração da cultura sertaneja, mesmo diante das adversidades pessoais enfrentadas por Diego e sua esposa.