Ao longo dos anos, várias entrevistas de celebridades ganharam destaque por revelarem a falta de preparo de alguns jornalistas. Desde equivocados ao falar sobre assuntos pessoais até confundir identidades, esses momentos geraram momentos de constrangimento e empatia pública.
Martin Short e o momento delicado na TV americana
Um episódio recente do “Today Show” mostrou o comediante Martin Short sendo questionado por Kathie Lee Gifford sobre sua esposa falecida, Nancy Dolman, como se ela estivesse viva. O momento, ocorrido em 2012, foi uma falha dolorosa da entrevistadora, que percebeu seu erro após o corte comercial. Martin Short, com elegância, perdoou a gafe, mas o episódio reforça como entrevistas podem se tornar desconfortáveis quando a preparação é ausente.
Outros exemplos de perguntas e interpretações equivocadas
Rashida Jones e a apropriação cultural
Durante uma cerimônia do Screen Actors Guild em 2015, a atriz Rashida Jones ficou visivelmente desconfortável quando uma repórter da TNT errou ao mencionar sua herança multicultural, esquecendo de reconhecer sua mãe, Peggy Lipton, branca, e seu pai, Quincy Jones, negro.
Cillian Murphy e a confusão com britânicos
No mesmo contexto, Cillian Murphy, ator irlandês, precisou afirmar sua identidade quando uma repórter israelense o chamou repetidamente de britânico, ignorando as particularidades históricas e geográficas da Irlanda, separada há séculos do Reino Unido.
Paul Mescal e a questão sobre a realeza
Na estreia de “Gladiator 2” em Londres, o ator irlandês Paul Mescal foi surpreendido por uma pergunta entusiasmada sobre encontrar o rei Charles III, mostrando como o desconhecimento cultural pode parecer desrespeitoso.
Momentos de pura confusão
Outro caso marcado foi o de Guy Goma, que foi levado ao estúdio da BBC como “experto em internet” sem nenhuma relação, tornando-se símbolo de uma entrevista mal planejada.
Na imprensa brasileira, episódios similares aconteceram, como quando o apresentador do BBC entrevistou Andy Murray em 2016, congratulando-o erroneamente por títulos que na realidade eram de Venus e Serena Williams, ou quando Samuel L. Jackson foi confundido com Laurence Fishburne, na televisão americana, em 2014.
Repercussão e reflexão
Especialistas e o público têm debatido sobre a importância de jornalistas bem informados, especialmente em eventos de alta relevância, para evitar constrangimentos que alteram o clima da entrevista e prejudicam a imagem do veículo de comunicação.
O episódio de Martin Short remete também à sensibilidade que profissionais devem ter ao abordar assuntos pessoais, como a perda de um ente querido, reforçando a necessidade de empatia e preparo na cobertura jornalística.
Seja em entrevistas internacionais ou nacionais, o que fica claro é que a pesquisa e o respeito às diferenças culturais ou pessoais fazem toda a diferença na relação com o entrevistado e na credibilidade do jornalismo.
Como evitar esses erros
Para entrevistas mais qualificadas, os veículos de comunicação devem investir em capacitação da equipe, atualização sobre os temas culturais e históricos e maior atenção às nuances pessoais dos convidados. Assim, é possível evitar momentos embaraçosos e preservar a dignidade de todos os envolvidos.
Compartilhe nos comentários qual desses exemplos foi o mais desconfortável para você e envie outras situações em que jornalistas falharam na preparação. Afinal, uma entrevista bem feita é aquela que respeita o entrevistado e agrega valor à informação.