Brasil, 23 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Brasil brilha no Mundial de Ginástica Rítmica com Babi Domingos

Torcida vibra em evento histórico; Babi alcança marcante 9ª posição.

O público que lotou a Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro, mandou um recado claro às competidoras do 41º Mundial de Ginástica Rítmica: eles estavam preparados para fazer parte de um verdadeiro show. Durante todas as apresentações dos quatro aparelhos — bola, aro, maça e fitas —, a torcida vibrou intensamente e celebrou a aclamada vitória da alemã Darja Varfolomeev, que se consagrou campeã da competição individual com 121.900 pontos. A búlgara Nilolova Stiloana conquistou o vice-campeonato (119.300 pontos), enquanto a italiana Sofia Raffaeli, querida pelo público, fechou o pódio com 117.950 pontos.

Barbara Domingos quebrou seu próprio recorde, estabelecido no Mundial de Valência em 2023, garantindo a 9ª colocação, com 112.200 pontos — a melhor classificação do Brasil na história da competição. Por outro lado, Geovanna Santos enfrentou dificuldades e terminou na última posição, com 107.450 pontos.

Um espetáculo de apoio nas arquibancadas

As ginastas brasileiras, especialmente Babi e Jojo, foram recebidas com muito carinho pela torcida, que entoava seus apelidos em cada oportunidade. A energia na Arena era contagiante, e cada lançamento de aparelho que aterrizava nas mãos ou até nos pés das atletas era tratado como uma grande comemoração, similar a um gol em um jogo de futebol.

A italiana Raffaeli conquistou o coração do público e sua apresentação foi acompanhada por calorosos aplausos. A ucraniana Taiisia Onofriichuk teve momentos de destaque, recebendo reconhecimento da plateia com um coro de palmas. Já a alemã Anastasia Simakova foi aplaudida de pé, recebendo até o famoso “Parabéns pra você”. Para o público, as falhas das ginastas também mereceram aplausos, mostrando que a torcida apoiava todos os esforços das atletas.

A trajetória desafiadora de Babi Domingos

A performance de Barbara Domingos deixou todos impactados. Com uma total de 29.100 pontos nas maças — a maior nota entre as 18 competidoras —, ela se destacou, e sua apresentação ao som da “Garota de Ipanema”, misturando inglês e português, encantou a plateia. No aro, sob a coreografia do filme “Rei Leão”, Babi se transformou em uma verdadeira leoa, levando a arquibancada a rugir em apoio. Após somar 122.200 pontos, ela terminou a parcial na segunda colocação, mas sua performance já era um feito impressionante.

Superando desafios pessoais

Nada disso, no entanto, se comparava ao frisson despertado pelas brasileiras. Babi enfrentou desafios significativos nas semanas que antecederam a competição: ela teve que treinar sem lentes de contato devido a uma inflamação no olho esquerdo, uma condição que poderia ter comprometido sua performance. Ela relata que os treinos foram desgastantes, mas também lhe proporcionaram uma oportunidade de aprimorar seus movimentos.

“Foram treinos agonizantes, eu não enxergava nada, chorava todos os dias. Mas isso me fez aprender muito sobre o tempo dos aparelhos e dos lançamentos”, disse Babi, refletindo sobre sua trajetória. Sua determinação a levou a terminar a competição com uma notável 9ª colocação, um feito significativo, considerando que pensou em abandonar as competições no início da temporada.

O apoio do público e os planos para o futuro

Babi reconhece que o apoio do público foi crucial em sua jornada. “Isso me impulsionou ainda mais a continuar. O campeonato superou todas as minhas expectativas”, declarou. A atleta, aos 25 anos, enfrentou críticas sobre sua idade para competir, mas optou por manter um foco no presente e seguir seu caminho, com um sonho de alcançar as Olimpíadas de Los Angeles 2028 ainda em mente.

“Sei que ainda é cedo para pensar nas Olimpíadas, mas as aposentadorias estão engavetadas por enquanto”, disse, confiante sobre suas metas.

Jojo, por sua vez, também recebeu calorosos aplausos, especialmente durante a sua apresentação, onde o público contava os giros enquanto ela executava suas piruetas. No entanto, sua performance na fita teve diversos erros, resultando em um 18º lugar, o que a deixou triste, mas ainda assim grata pela experiência. “Foram lembranças que vou levar para o resto da vida. Estou me sentindo muito feliz e grata por tudo isso”, afirmou ela emocionada.

O 41º Mundial de Ginástica Rítmica no Brasil não foi apenas uma competição, mas sim uma celebração do talento, da superação e do amor pelo esporte, que agora se reflete nos corações dos fãs e das camisetas que foram vestidas com orgulho durante todo o evento.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes