Brasil, 23 de agosto de 2025
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Ministro Alexandre de Moraes defende independência do Judiciário no Brasil

Em discurso no Fórum Empresarial Lide, Moraes reafirma a autonomia do Judiciário frente a pressões internas e externas.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma firme defesa da independência do Poder Judiciário no Brasil, durante um evento do Fórum Empresarial Lide, realizado no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (22/8). A declaração ocorreu em um contexto de crescente pressão sobre o Judiciário, especialmente em julgamento envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Coragem e independência judicial

Diante de uma plateia composta por empresários, políticos e outros ministros da Corte, Moraes destacou que a atuação dos juízes deve ser pautada pela resistência a pressões de qualquer natureza. Ele disse: “Juiz que não resiste a pressão, que mude de profissão”. Essa afirmação refletiu sua preocupação com a integridade do Judiciário e sua disposição em garantir que o sistema continue a funcionar de acordo com a Constituição Federal.

O ministro enfatizou a autonomia do Judiciário brasileiro, afirmando que, apesar dos ataques que têm enfrentado, o sistema judicial continua a ser independente. “O Judiciário só é respeitado pela independência. Um Judiciário vassalo não é independente. No Brasil, o Judiciário é independente e corajoso”, afirmou Moraes, reforçando a necessidade de um Judiciário forte e autônomo.

Pressões e ataques

As declarações de Moraes ocorreram em um momento crítico, quando há pressões, tanto externas quanto internas, para que o Judiciário não atue em determinadas questões, especialmente no que diz respeito ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Moraes abordou as restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos ao seu respeito e ao Brasil, dizendo: “Podem continuar os ataques. De dentro e de fora”. Essa frase sublinha a determinação do ministro em desconsiderar as tentações de intimidação.

Reflexões sobre o Judiciário

Além de Moraes, outro ministro do STF, André Mendonça, também estava presente no evento e fez suas próprias considerações sobre o papel do Judiciário. Mendonça pediu uma “autocontenção” do Judiciário e destacou a necessidade de reformas administrativas abrangendo os Três Poderes no Brasil. Ele declarou: “Se algo não está dando certo, é preciso haver reflexão séria de reforma das instituições, que perpasse Legislativo, Executivo, Judiciário”.

As ideias de Mendonça sugerem um desejo de reevaluar a estrutura atual das instituições brasileiras, especialmente em um momento em que o Brasil enfrenta desafios significativos em sua política interna e externa.

Paz social e respeito ao Judiciário

Durante o evento, Mendonça também defendeu a criação de um “compromisso público” para que o “bom juiz deve ser reconhecido pelo respeito, não medo”, sugerindo que o objetivo do Judiciário deve ser alcançar a paz social, evitando o caos, incerteza e insegurança. Essa abordagem, compartilhada por outros líderes políticos presentes na reunião, reflete uma crescente necessidade de estabelecer um diálogo construtivo entre os diferentes poderes do governo e a sociedade.

O Fórum Empresarial Lide, que começou no dia 21 e se estende até 23 de agosto, abordou diversas questões relevantes ao Brasil, incluindo a resposta do país ao que foi chamado de “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos. Líderes políticos destacaram a importância de uma política externa que priorize a diplomacia e a cooperação internacional, especialmente em tempos de incerteza econômica e política.

Com a reafirmação da independência do Judiciário, Moraes e Mendonça se colocaram na vanguarda de um debate necessário e urgente sobre o papel das instituições brasileiras e sua relação com a sociedade. As discussões que emergem desses encontros podem muito bem moldar a trajetória do Brasil nos próximos anos.

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