A host da CNN, Abby Phillip, abordou recentemente a controvérsia envolvendo a ex-convite do programa, Jillian Michaels, que se exaltou ao defender uma perspectiva questionável sobre a escravidão americana. A discussão ocorreu no dia 13 de agosto, após Michaels participar de um debate sobre o esforço de Donald Trump em editar o conteúdo do Smithsonian e reescrever partes da história.
Resposta de Abby Phillip às declarações controversas de Jillian Michaels
No dia 20 de agosto, Abby Phillip publicou uma resposta nas redes sociais para esclarecer os limites do debate e reafirmar a importância de reconhecer a gravidade da escravidão na história dos Estados Unidos. Em um vídeo no Instagram, ela afirmou: “O que tentamos fazer neste programa é criar uma plataforma para discussão e debate, refletindo as diferenças reais existentes no país. Mas é fundamental afirmar que, objetivamente, a escravidão foi uma abominação — o pecado original da nação.”
Na publicação, Abby também retratou a resposta ao post de Donald Trump, que chamou a atenção para os esforços de certos museus em focar excessivamente na narrativa de culpabilização branca: “Trump afirmou que o Smithsonian está fora de controle, discutindo o quão horrível foi a escravidão”.
O debate acalorado na CNN e a posição de Abby sobre a história
Durante o programa NewsNight, Michaels participou de um painel com outros comentaristas, incluindo a estrategista democrata Julie Roginsky, o analista jurídico Elie Honig, o deputado Ritchie Torres (NY) e o comentarista conservador Scott Jennings. Michaels tentou minimizar o impacto da escravidão e questionar alegações sobre quem se beneficiou dela, alegando que não se pode atribuir culpa exclusiva a uma raça.
Abby questionou essa postura, perguntando: “No contexto da história americana, o que há de incorreto em afirmar que foi branca a opressão contra os negros?”
Repercussões na audiência e críticas nas redes sociais
As declarações de Michaels causaram repercussão negativa entre o público do BuzzFeed, que apontou como “perturbadoras” suas afirmações. Alguns comentários expressaram a indignação: “Se aprender sobre a escravidão faz você se sentir mal, parabéns — isso significa que você tem empatia.”
Outros criticaram Michaels por defender uma narrativa considerada racista e por sua postura associada ao apoio de Trump: “É revoltante que uma mulher lésbica esteja defendendo a escravidão e a cultura MAGA, enquanto o governo de Trump tenta destruir direitos da comunidade LGBTQ+”.
Além disso, internautas criticaram a mídia por dar espaço a opiniões consideradas racistas e desinformadas. Como afirmou uma usuária: “A CNN é cúmplice ao amplificar discursos de ódio, dando palco a pessoas que propagam narrativas racistas e sem base.”
Importância de entender a história sem revisionismos
Phillip reforçou que seu objetivo na reportagem foi oferecer uma narrativa histórica completa, incluindo relatos e imagens que evidenciam o período da escravidão nos EUA. Ela destacou que compreender a história — com seus aspectos difíceis — é essencial para o entendimento do país.
“No final das contas, aprender a nossa história, o bom e o ruim, é crucial para que não possamos ser manipulados por postagens distorcidas ou por vozes que tentam reescrever os fatos”, afirmou Abby.