Um grupo pró-vida protocolou nesta semana uma denúncia formal contra o médico Cesar Santangelo, responsável por abortos tardios em Washington, D.C., acusando-o de má prática médica e de colocar a vida de pacientes em risco. A denúncia foi encaminhada ao Conselho de Medicina da cidade, apontando um “histórico documentado” de lesões graves e negligência.
Queixa detalhada por má prática médica e riscos aos pacientes
A denúncia, de 12 páginas, detalha supostos casos de má conduta que resultaram na morte ou sérias injúrias a pacientes de Santangelo. Liderada pelo grupo Sobreviventes do Holocausto do Aborto, a queixa é assinada pelo diretor do grupo, Timothy Clement, e pela organizadora da campanha em Washington, Kristin Turner.
Segundo o documento, Santangelo realiza abortos até a 28ª semana de gestação, ou seja, no final do segundo trimestre, e há relatos de pacientes que sofreram graves lesões durante os procedimentos. O grupo também relaciona a clínica de Santangelo à descoberta dos restos mortais de cinco fetos tardios, encontrados na Washington Surgi-Clinic, centro operado pelo controverso médico.
Atuação de Santangelo e denúncia de abusos
De acordo com as denúncias, o médico mantém um padrão de procedimentos que compromete a saúde e a segurança dos pacientes, representando uma ameaça à vida delas. “Esta denúncia busca responsabilizar Santangelo por suas ações e impedir que continue a colocar vidas em risco”, afirmou Kristin Turner.
Investigações sobre as vítimas e procedimentos ilegais
Mulheres que buscaram abortos na clínica foram vítimas de complicações, incluindo uma suposta intoxicação por medicamentos, que resultou na morte de um bebê. O grupo pró-vida sustenta que, além da negligência, houve irregularidades na realização dos procedimentos, violando normas de segurança e ética médica.
Contexto e repercussões
A denúncia ocorre em um momento de intensificação do debate sobre aborto tardio. Segundo dados da própria clínica de Santangelo, a realização de abortos até o final do segundo trimestre é comum, embora essa prática seja contestada por grupos pró-vida, que a consideram uma forma de violência ao bebê e risco às mulheres.
Especialistas destacam que o caso reforça a necessidade de fiscalização rigorosa em clínicas de aborto, especialmente aquelas que operam em condições duvidosas, para garantir a segurança das pacientes e justice.
Perspectivas futuras
As autoridades de saúde de Washington, D.C., anunciaram que vão apurar as denúncias apresentadas, visando apurar se houve violações às normas médicas e sanitárias. Caso confirmadas, medidas disciplinares podem ser aplicadas ao profissional, incluindo a cassação de licença.