Brasil, 22 de agosto de 2025
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Governo brasileiro reafirma sede da COP30 em Belém e anuncia força-tarefa

O Brasil confirma a realização da COP30 em Belém e cria medidas para garantir a participação de países menos favorecidos no evento.

Em uma reunião recente com representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), o governo brasileiro reafirmou que a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) permanecerá marcada para novembro, em Belém do Pará. Essa decisão ocorre após a solicitação de 25 países que pediram a transferência do evento devido ao alto custo de hospedagem na região.

Medidas para atender países em desenvolvimento

Para garantir a acessibilidade e a participação no evento, o governo anunciou a criação de uma força-tarefa destinada a atender aproximadamente 72 países de menor poder aquisitivo. Essa iniciativa está de acordo com a classificação da ONU sobre nações com menos recursos, incluindo os países em desenvolvimento e as pequenas ilhas.

O grupo será coordenado pela Secretaria Extraordinária para a COP30, um órgão vinculado à Casa Civil, e contará com o apoio dos ministérios do Turismo, Relações Exteriores, Meio Ambiente e do governo estadual do Pará. O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, destacou: “Essa força-tarefa vai começar dando atendimento aos 72 países, que fazem parte daqueles dois grupos com menos recursos”.

“Nós vamos começar um diálogo direto com esses países para assegurar que eles confirmem as suas reservas tão logo quanto possível”, ressaltou.

Reservas confirmadas

Atualmente, já são 47 os países que garantiram suas reservas para participar da conferência. O secretário extraordinário para a COP30, Valter Correia, mencionou que a equipe está otimista em relação à confirmação de mais participantes, o que demonstra um interesse significativo no evento, mesmo diante das dificuldades financeiras.

Oposição ao subsídio

Na mesma reunião, um dos temas debatidos foi uma proposta da ONU sugerindo que o Brasil subsidiasse a participação de alguns países na COP30. No entanto, essa possibilidade foi prontamente rejeitada pelo governo brasileiro. Miriam Belchior, secretária-executiva da Casa Civil, afirmou que o Brasil já está arcando com “custos significativos” para a realização do evento e que, segundo ela, “não cabe aos brasileiros” arcarem com os custos das delegações de outros países.

A proposta da ONU incluía uma solicitação clara de garantir US$ 100 para países menos desenvolvidos e uma quantidade maior para países desenvolvidos, sem limites no número de negociadores. A secretária reiterou que o Brasil não tem condições de atender a essa demanda, mas se mostrou favorável à ampliação do valor do auxílio oferecido pela ONU para subsidiar as acomodações em Belém.

Questões de hospedagem

Atualmente, o valor do suporte estipulado pela ONU para hospedagem em Belém é de US$ 149 por diária. O governo brasileiro pleiteia que esse montante seja ajustado, buscando equipará-lo aos valores mais elevados praticados em outras capitais, como São Paulo, onde as diárias chegam a cerca de US$ 250.

Com essas decisões, o Brasil busca não apenas manter a realização da COP30 em Belém, mas também garantir que a conferência seja um espaço inclusivo e acessível para todos os países, especialmente aqueles que menos podem. A expectativa é que essa iniciativa contribua para o sucesso do evento e fortaleça a imagem do Brasil como protagonista em questões climáticas.

Oportunamente, o governo seguirá monitorando a capacidade de hospedagem e as condições de participação para que, ao final, a COP30 atenda às suas expectativas de gerar diálogo e ações concretas em prol das mudanças climáticas.

Para mais informações sobre a conferência, acesse o link.

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