O site de conteúdo adulto OnlyFans viu o número de contas de fãs aumentarem 24%, chegando a 377,5 milhões, enquanto o total de criadores cresceu 13%, atingindo 4,6 milhões. O crescimento ocorreu especialmente durante a pandemia de Covid-19, com muitos profissionais do sexo e celebridades buscando novas fontes de renda enquanto permaneciam em lockdown.
Expansão e diversidade de conteúdo
Embora grande parte do conteúdo seja pornográfico, o site também hospeda criadores de temas variados, como fitness e gastronomia. O modelo de negócio da plataforma baseia-se em cobrar uma taxa de 20% sobre qualquer assinatura ou conteúdo vendido, incluindo vídeos, fotos e conversas.
Movimentação financeira e lucro
Segundo o relatório financeiro divulgado nesta sexta-feira pela empresa londrina Fenix International, que administra a plataforma, foram processados US$ 7,2 bilhões em pagamentos em um ano encerrado em 30 de novembro, comparado a US$ 6,6 bilhões de 2023. O lucro antes de impostos ficou em US$ 684 milhões, um aumento de cerca de 4% em relação ao período anterior.
Remuneração do proprietário e dividendos
O empresário ucraniano-americano Leonid Radvinsky, proprietário único da Fenix, recebeu US$ 701 milhões em dividendos antes de uma possível venda da plataforma. Desse total, US$ 497 milhões foram em dividendos ordinários, além de mais US$ 204 milhões pagos em cinco parcelas após o relatório. Desde 2021, Radvinsky já recebeu cerca de US$ 1,8 bilhão da plataforma, com dividendos anuais de US$ 472 milhões em 2023, US$ 338 milhões em 2022 e US$ 284 milhões em 2021.
Perfil do dono e objetivos sociais
Radvinsky, nascido em Odessa e criado em Chicago, vive atualmente na Flórida, segundo seu site pessoal. Apesar de discreto na publicidade, ele declarou que busca um dia participar do Giving Pledge, programa em que bilionários se comprometem a doar a maior parte de suas fortunas.
Venda e desafios da plataforma
Estimada em cerca de US$ 8 bilhões, a venda do OnlyFans vem sendo considerada complexa. A plataforma segue avaliando propostas de compra, incluindo um consórcio liderado pela firma de investimentos Forest Road, conforme divulgado pela Bloomberg. Entretanto, questões de segurança online e conteúdo explícito complicam as negociações, apesar da manutenção de uma equipe de 46 funcionários que recebeu US$ 45,4 milhões em salários e benefícios, uma alta de 64% em relação ao ano anterior.
Desafios regulatórios e moderadores
A plataforma afirma que todo o conteúdo é revisado por moderadores e que os criadores devem ter mais de 18 anos. Ainda assim, sua relação com conteúdos explícitos permanece alvo de debates e preocupações de segurança.
Perspectivas futuras
A empresa planeja publicar uma medida provisória com detalhes das próximas etapas do processo de venda ainda neste ano. Enquanto isso, o OnlyFans cresce como uma das principais plataformas de conteúdo por assinatura, impulsionada pelo aumento da demanda por conteúdos diversos e a liberdade de expressão digital.
