Brasil, 22 de agosto de 2025
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Geoffrey Hinton alerta sobre os perigos da inteligência artificial

O criador do conceito de IA expressa preocupações sobre chatbots superinteligentes e a necessidade de regulamentação cautelosa.

A inteligência artificial (IA) tem avançado a passos largos, e com isso, surgem preocupações sobre seu impacto na sociedade. Geoffrey Hinton, conhecido como o “Padrinho da IA”, fez declarações alarmantes sobre os possíveis perigos da tecnologia que ajudou a criar. Em uma nova entrevista, Hinton expressou seu medo de que chatbots superinteligentes possam chegar à conclusão de que a humanidade não tem mais utilidade em sua sociedade.

As advertências de Hinton sobre o futuro da IA

Hinton, que trabalhou na Google e é visto como uma das figuras mais importantes na pesquisa de IA, afirmou que a inteligência artificial pode se tornar tão sofisticada que pode dominar o planeta. “A IA será muito mais inteligente do que os humanos e, portanto, criará um desemprego em massa, eliminando postos de trabalho em grande escala”, disse ele. De acordo com ele, essa ascensão dos robôs levaria a humanidade a uma vida sem propósito, controlada por “mestres robóticos”.

Além disso, Hinton acredita que parar o desenvolvimento da IA é uma medida lógica para evitar um futuro distópico, mas contesta que isso realmente aconteça, já que as grandes empresas têm um forte interesse em continuar a desenvolver tecnologias mais avançadas visando a redução de custos.

Desenvolvendo salvaguardas para um futuro seguro

Hinton ressaltou que, apesar de suas preocupações, o bom senso indica que os robôs “não vão nos comer”, já que a IA não precisa de alimentos humanos para sobreviver. Ele pediu urgência no desenvolvimento de salvaguardas que impeçam que a tecnologia se torne letal, caso caia nas mãos erradas.

A necessidade de regulamentação na IA

Em 2021, Hinton co-assinou uma proposta de política pedindo a pausa no desenvolvimento de IA poderosa até que as gigantes da tecnologia encontrassem formas de assegurar que os robôs não possam causar danos. Os especialistas que participaram da proposta argumentaram que algumas empresas estão agindo de maneira irresponsável ao continuar o desenvolvimento de sistemas antes que a humanidade tenha um entendimento suficiente para torná-los seguros.

Hinton e seus colegas pesquisadores pediram que as empresas de tecnologia fossem responsabilizadas por quaisquer danos que estes sistemas possam causar. “É hora de levar a sério os sistemas de IA avançados. Esses não são brinquedos”, enfatizou Hinton. Ele ainda afirmou que “aumentar as capacidades da IA antes de entendermos como torná-las seguras é absolutamente imprudente”.

O impacto das tecnologias nos empregos

Hinton também se manifestou sobre o impacto da IA na força de trabalho, destacando que muitos empregadores, como a Microsoft, buscarão substituir trabalhadores por sistemas de IA sempre que for economicamente viável. “Os efeitos já podem ser vistos, e a ideia de uma IA superinteligente superando a raça humana não é uma questão de ficção científica, é uma possibilidade muito real”, completou.

Propostas e recomendações para um uso seguro da IA

Os especialistas abordam a necessidade de um conjunto de políticas que inclua a destinação de um terço do financiamento da pesquisa em IA para seu uso seguro e ético. Além disso, propuseram que auditores independentes tenham acesso às laboratórios das empresas e que sistemas de IA avançados sejam licenciados antes de serem construídos.

Contudo, entre as muitas recomendações, está a obrigação de que todas as empresas de tecnologia sejam responsabilizadas por danos previsíveis e preveníveis que seus sistemas possam causar. Isso inclui a necessidade de relatórios obrigatórios sobre incidentes em que os robôs demonstrem comportamentos alarmantes, além de medidas para impedir que modelos perigosos se replicam.

“Se construirmos IA autônomas altamente avançadas, corremos o risco de criar sistemas que busquem metas indesejáveis de forma autônoma”, concluiu Hinton, enfatizando a importância da regulamentação para garantir que o futuro da IA seja seguro e benéfico para a humanidade.

Em suma, a conversa sobre inteligência artificial avança, e com ela, o clamor por responsabilidade e cautela na sua implementação se torna cada vez mais urgente.

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