Brasil, 22 de agosto de 2025
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Eduardo Bolsonaro recebeu R$ 4,1 milhões em menos de um ano

Relatórios do Coaf e indiciamento do deputado ampliam investigações sobre movimentações financeiras da família Bolsonaro.

Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) analisados pela Polícia Federal revelam que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, recebeu R$ 4,1 milhões entre setembro de 2023 e junho de 2024. A investigação, que culminou no indiciamento de ambos por coação no curso do processo e abolição violenta ao Estado Democrático de Direito, intensifica o escrutínio sobre a família Bolsonaro e suas movimentações financeiras.

Movimentações financeiras analisadas

Conforme os documentos do Coaf, Eduardo transferiu R$ 4,14 milhões nesse mesmo período. Apesar de não ser possível acumular os valores, em um recorte diferente, o deputado também recebeu R$ 1,08 milhão em créditos e R$ 1,5 milhão em débitos entre março de 2023 e fevereiro de 2024. Essas informações fazem parte de uma série de relatórios que tem gerado apreensão em relação à transparência das contas dos membros da família Bolsonaro.

Além de Eduardo, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, um dos irmãos do deputado, viu sua conta sendo investigada e registrou um total de R$ 4,8 milhões recebidos entre setembro de 2023 e agosto de 2024, além de R$ 4,9 milhões em transferências.

Informações do Coaf e seu impacto

Os dados coletados pelo Coaf ajudam a formar uma imagem clara das movimentações financeiras da família. De acordo com os relatórios, o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu R$ 30 milhões em um ano, um fato que também chamou a atenção das autoridades.

Movimentações financeiras de BolsonaroCrédito (em R$ milhões)Débito (em R$ milhões)
01/03/2023 a 07/02/202430,5730,59
08/02/2024 a 26/08/202417,313,4
27/08/2024 a 19/12/20240,8721,26
20/12/2024 a 05/06/202511,111,1
Total44,2844,3

A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também está sob a lente das investigações. Ela recebeu R$ 2,9 milhões e transferiu R$ 3,4 milhões entre setembro de 2023 e agosto de 2024. Essas movimentações contribuem para um cenário nebuloso que levanta questionamentos sobre a origem e o destino dos recursos financeiros da família.

Indiciamento e a pressão sobre o STF

No último dia 21, as evidências apresentadas pela Polícia Federal levaram ao indiciamento de Bolsonaro e Eduardo por coação no curso do processo e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Segundo as investigações, a atuação deles em atos de pressão sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) se deu em meio a julgamentos que envolvem tentativas de golpe de Estado. Tal contexto revela não apenas a gravidade das acusações, mas também a possível tentativa da família de intervir em processos judiciais para se proteger de acusações futuras.

Movimentação financeira de Eduardo BolsonaroCrédito (em R$ milhões)Débito (em R$ milhões)
01/09/2023 a 22/08/20241,361,38
23/08/2024 a 05/06/20252,792,76
Total4,164,14

Os Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) do Coaf não são, por si só, uma prova de irregularidade. Entretanto, eles fornecem uma base para que órgãos como a Polícia Federal e o Ministério Público Federal possam perseguir investigações mais profundas, revelando um panorama desafiador na política e na dinâmica financeira do país.

Com as estrondosas revelações e os desdobramentos dos indiciamentos, o futuro da família Bolsonaro está envolto em incertezas, enquanto a sociedade aguarda desfechos que podem impactar a política brasileira como um todo.

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