No dia 20 de agosto de 2025, Joildo Gomes Franco, acusado de assassinar a jovem Andressa Conceição, de apenas 20 anos, foi condenado a 20 anos de prisão, em regime fechado. O crime, que ocorreu em outubro de 2018 em Amélia Rodrigues, localizado a 30 km de Feira de Santana, chocou a comunidade local e trouxe à tona questões sobre violência e o tráfico de drogas na região.
O julgamento e a condenação
Joildo, que respondia ao processo em liberdade e estava morando em São Paulo, acompanhou o julgamento por videoconferência. O júri popular foi realizado no Fórum Doutor Gervásio Bacelar e durou impressionantes 10 horas. Ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado, uma decisão que reflete a gravidade do ato cometido.
A defesa de Joildo sustentou a tese de inimputabilidade, argumentando que ele sofre de problemas mentais em decorrência do uso de drogas. O advogado do réu, Gabriell Neves, mencionou que um relatório médico foi anexado ao processo, indicando que Joildo frequentava o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) na cidade de Amélia Rodrigues. Contudo, a defesa já anunciou que pretende recorrer da decisão.
O crime brutal
De acordo com a Polícia Civil, Andressa foi morta em plena luz do dia, em frente à sua casa. Dois homens em uma moto se aproximaram e Joildo disparou contra a jovem. Infelizmente, o crime foi filmado por um comparsa, que posteriormente divulgou a gravação nas redes sociais. Nas imagens, Joildo exibe a arma e faz gestos associados a uma facção criminosa local, evidenciando a relação do crime com o tráfico de drogas na região.
Após a execução do crime, os suspeitos fugiram. Joildo foi preso três dias depois, em Iaçu, na Chapada Diamantina, e levado para o Conjunto Penal de Feira de Santana. Ele permaneceu detido por quatro anos até que o mandado de prisão fosse relaxado há quase dois anos, devido a questões processuais.
A controvérsia da inimputabilidade
O promotor de Justiça, Audo Rodrigues, foi claro ao refutar a tese de inimputabilidade apresentada pela defesa. Segundo ele, embora a argumentação tenha sido considerada, o laudo médico que a sustentava se baseou unicamente na declaração do réu, sem levar em conta outras provas do caso. “Os peritos afirmaram que, um ano após o crime, os envolvidos estavam sóbrios, sem qualquer indício de uso de drogas no momento da ação”, destacou o promotor.
Essa discordância entre a defesa e o Ministério Público revela as complexidades do sistema de justiça brasileiro, especialmente em casos que envolvem crimes violentos e o tráfico de drogas. O caso de Andressa é apenas mais um exemplo da necessidade urgente de políticas públicas eficazes no combate à violência e à criminalidade.
Consequências para Joildo Franco
Com a condenação, Joildo deverá retornar à Bahia para cumprir sua pena em regime fechado. A Justiça já emitiu o mandado de prisão necessário para a execução da pena, o que marca um passo importante na busca por justiça para a vítima e sua família.
Além de Joildo, outras pessoas ainda aguardam julgamento por envolvimento no crime. O responsável por gravar a execução e o suposto mandante do assassinato ainda não tiveram suas situações resolvidas pela Justiça. O caso permanece aberto à investigação.
A tragédia da morte de Andressa Conceição não é apenas uma estatística de criminalidade, mas um lembrete abominável sobre as realidades enfrentadas no dia a dia por muitos jovens no Brasil. A luta contra o tráfico de drogas e a violência deve ser uma prioridade, a fim de garantir um futuro onde histórias como a dela não se repitam.
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