Brasil, 21 de agosto de 2025
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O que as cortes de ajuda dos EUA significam para as mulheres do Afeganistão

Reduções na assistência humanitária americana ameaçam a saúde e o bem-estar de mulheres e crianças no Afeganistão

As recentes cortes da ajuda dos Estados Unidos ao Afeganistão resultaram na suspensão de mais de 400 unidades de saúde, colocando em risco a vida de mulheres e crianças em todo o país. Os impactos são mais sentidas nas comunidades remotas, onde clínicas essenciais fecham suas portas, deixando muitas vulneráveis à falta de cuidados básicos.

Fechamento de clínicas essenciais para a saúde feminina

Desde agosto, 21 clínicas de saúde familiar foram fechadas em Daikundi, uma das regiões mais remotas do país. Essas unidades, operadas por profissionais como a parteira Atifa, eram muitas vezes a única alternativa de atendimento para mulheres grávidas e recém-nascidos, especialmente em áreas de difícil acesso. Segundo fontes locais, mais de 100 clínicas semelhantes fecharam em todo o território afegão, agravando a crise de saúde pública.

Como as cortes afetaram serviços essenciais

Um caso trágico ilustrado por TIME relata o falecimento de uma mãe e seu bebê após a clínica próxima fechar por falta de recursos, obrigando o casal a percorrer horas de estrada até o hospital mais próximo. “Se a clínica estivesse aberta, talvez pudéssemos ter salvo ambos”, lamenta Sediqa, uma parteira local, destacando a importância do acesso imediato aos serviços de saúde.

Consequências para as mulheres e o futuro da saúde materna

Globalmente, a mortalidade materna diminuiu cerca de 40% entre 2000 e 2023, graças a programas de intervenção avançados. No entanto, no Afeganistão, uma nação com altas taxas de mortalidade materna, as cortes de ajuda podem reverter esses avanços. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase dois terços das mortes relacionadas à maternidade ocorrem em países afetados por fragilidade ou conflito, como o Afeganistão.

Kurshid, uma mulher grávida de 30 anos, expressa o medo comum entre as moradores: “Todos nós temos medo de que possamos morrer, ou de que nossos filhos possam perder a vida”. As clínicas fechadas deixam a população vulnerável, sem as condições essenciais para garantir o bem-estar de mães e recém-nascidos.

Impacto nas comunidades mais vulneráveis

As consequências também atingem profissionais de saúde locais, como Gul Chaman, que, após o corte na ajuda, ficou sem salário e sem os materiais necessários para cuidar das mulheres e crianças de sua comunidade remota. A interrupção dos serviços compromete o progresso feito na redução das mortes maternas e infantis, colocando em risco os avanços alcançados nas últimas décadas.

Perspectivas futuras e desafios

Com os cortes na ajuda internacional, especialistas alertam para um futuro sombrio para a saúde pública no Afeganistão. Organizações humanitárias e diplomatas pressionam por uma reavaliação das políticas, visando garantir o suporte necessário para proteger as vidas mais vulneráveis neste país devastado pela guerra e pelo isolamento econômico.

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