Após anos de estagnação nas negociações com a Coreia do Norte, especialistas afirmam que apenas Donald Trump possui o perfil e a influência necessários para reativar o diálogo com Pyongyang. Nos últimos meses, as tentativas de South Korea estabelecerem um entendimento mais cordial com Kim Jong Un têm sido dificultadas pelo ceticismo norte-coreano e pelas sanções internacionais.
O papel de Trump na diplomacia com Pyongyang
Durante seu mandato, Trump foi o único líder ocidental a se encontrar pessoalmente com Kim Jong Un em encontros históricos, buscando negociar a desnuclearização da Península Coreana. Sua abordagem direta, embora controversa, quebrou o padrão de rigidez das políticas anteriores, criando uma esperança de possível avanço nas relations.
Analistas destacam que a personalidade e o estilo de liderança de Trump, caracterizadas pela negociação direta e pela disposição de conceder certas amenidades, abriram uma janela de oportunidade que hoje não se verifica com outros dirigentes atuais. Segundo Andrei Lankov, especialista em questões coreanas, “apenas Trump consegue mobilizar a narrativa de que opções diplomáticas ainda existem, mesmo quando o cenário parece prolongar o impasse”.
Razões pelas quais outros líderes não têm efeito
Desde o fim do mandato de Trump, a diplomacia com Pyongyang voltou ao statu quo, com sanções reforçadas e uma postura mais rígida por parte de Estados Unidos e seus aliados. A permanência de Biden na Casa Branca, por exemplo, tem priorizado ações coordenadas e sancionamentos que, até o momento, não estimularam novos avanços.
A postura do governo norte-coreano permanece inflexível, exigindo “respeito incondicional” e eliminação de sanções para retomar negociações. “Pyongyang percebe que a elite doméstica e o aparato militar não estão dispostos a ceder sob condições atuais”, afirma Peter Ward, analista de segurança internacional. Assim, a janela de oportunidade para negociações dramáticas permanece fechada, a menos que uma figura de peso, como Trump, intervenha.
O impacto de Trump na dinâmica internacional
Trump continua sendo uma figura polarizadora, mas sua influência sobre Pyongyang é inegável. Seu discurso de “máxima pressão”, aliado ao gesto de aproximação temporária, deu esperanças de que a diplomacia poderia ser uma saída viável.
Hoje, enquanto os esforços internacionais permanecem congelados, fontes indicam que uma intervenção ou uma iniciativa de Trump poderia reverter a paralisia atual. O ex-presidente, mesmo fora do cargo, mantém canais de comunicação e uma imagem que pode, potencialmente, persuadir Kim Jong Un a reconsiderar sua postura.
Perspectivas futuras
Especialistas concordam que, sem a intervenção de um líder como Trump, o impasse na Península continuará por tempo indeterminado. A situação exige um protagonista com capacidade de oferecer garantias e negociar de forma convincente, algo que, atualmente, parece estar ausente no cenário global.
Embora a possibilidade de Trump retornar ao cargo não seja iminente, sua influência e histórico negociador são vistos como a única alternativa real para reabrir o diálogo com a Coreia do Norte e evitar um agravamento do conflito.