Brasil, 21 de agosto de 2025
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Alckmin afirma que Brasil não desistirá de negociar com EUA sobre tarifa de aço

Vice-presidente Geraldo Alckmin reforça compromisso do Brasil em buscar diálogo contra tarifas americanas de aço e cobre

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta quarta-feira (22) que o Brasil não desistirá de negociar com os Estados Unidos para reduzir as tarifas aplicadas a produtos que contenham aço, cobre ou alumínio. Segundo ele, o objetivo é ampliar as exceções nas tarifas impostas pelo governo americano, que atualmente atende a uma política de uniformidade para toda a cadeia de produtos.

Tarifas uniformizadas e impactos na exportação brasileira

De acordo com Alckmin, as tarifas que atingem produtos como motocicletas, utensílios domésticos e máquinas representam aproximadamente US$ 2,6 bilhões em exportações brasileiras, o que equivale a 6,4% do total exportado pelo país. O vice-presidente explicou que, embora a alíquota seja alta, ela é aplicada de forma igualitária a todos os países, o que, a seu ver, é uma tentativa de impedir o protecionismo.

Esforços diplomáticos e diálogo com os EUA

Contatos permanentes e obstáculos

Geraldo Alckmin destacou que as conversas com autoridades americanas continuam de forma contínua, embora as portas estejam fechadas e as mesas vazias no momento. Ele mencionou uma recente ligação com Howard Lutnick, secretário de Comércio dos EUA, e reiterou que a busca pelo diálogo é uma tarefa permanente. “Nós já tivemos várias conversas. Acho que essa é uma tarefa permanente”, afirmou.

Apesar dos esforços, Alckmin criticou a postura do governo americano, afirmando que o Brasil tem sido injustiçado tanto do ponto de vista comercial quanto institucionalmente. “O que se pede ao Brasil é mesmo inaceitável”, disse.

Perspectivas e estratégias do Brasil

Alternativas no mercado internacional

O vice-presidente explicou que, em consequência das tarifas, o governo brasileiro está buscando outros mercados, como o México, onde realizará uma missão diplomática com a presidente Claudia Sheinbaum. Ele também ressaltou que, apesar das dificuldades, o país continua tentando dialogar com os EUA, com a esperança de que a situação melhore.

Alckmin afirmou que o agronegócio consegue deslocar sua produção para outros destinos com maior facilidade, mas o setor industrial, que depende muito do mercado norte-americano, enfrenta maior preocupação. “O maior comprador de produtos industriais do Brasil são os Estados Unidos, e sem eles, nossos produtos podem não encontrar destino”, alertou.

Impactos e próximas ações

Apesar das tensões, Alckmin manteve o otimismo e frisou que o governo brasileiro estabelecerá uma linha de ajuda às empresas, levando em consideração o grau de dependência de cada setor do mercado americano. Ele destacou que o Brasil continuará buscando alternativas e ampliando sua presença em outros mercados, além de manter o diálogo com os Estados Unidos.

Para ele, o esforço diplomático é fundamental, uma vez que as duas maiores democracias das Américas precisam encontrar uma forma de conviver com as diferenças. “Vamos continuar a dialogar, mesmo que de forma institucional e pelos canais diplomáticos”, afirmou.

Mais informações podem ser conferidas na reportagem completa no O Globo.

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