Brasil, 21 de agosto de 2025
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Polícia Federal indiciou Bolsonaro e filho por coação e golpe

A PF indiciou Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro por coação e tentativa de golpe contra o STF; penas podem chegar a 12 anos.

A Polícia Federal (PF) indiciou na última quarta-feira o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O indiciamento se deu por acusações de coação no curso do processo e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. De acordo com as investigações, ambos atuaram para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) durante o julgamento que apura a tentativa de golpe de Estado liderada por Jair Bolsonaro, visando sua impunidade. Juntas, as acusações podem resultar em penas que somam até 12 anos de detenção.

Comportamento e Comunicação entre os Indiciados

Segundo a PF, a análise de mensagens trocadas entre Jair e Eduardo Bolsonaro revela uma “ação consciente e voluntária” para estabelecer um contato com autoridades norte-americanas, com o intuito de angariar medidas contra o Estado brasileiro. O objetivo, segundo a polícia, era coagir autoridades locais, em especial ministros do Supremo que estão à frente das investigações sobre os atos golpistas.

O Envolvimento dos EUA e o papel de Donald Trump

Eduardo Bolsonaro, que está residindo nos Estados Unidos, tem se articulado com o governo americano, buscando evidenciar que seu pai é alvo de uma perseguição política. Esse movimento inclui o apoio explícito do ex-presidente Donald Trump, que chegou a implementar tarifas pesadas em produtos brasileiros como forma de pressão, mencionando concretamente o processo contra Jair Bolsonaro. Trump também impôs sanções a ministros do STF, destacando as tensões entre os dois países.

A PF identificou que ações dos Bolsonaros foram além do que caracterizaria uma defesa legal, atuando efetivamente para interferir no devido processo legal no Brasil. O texto do relatório afirma que a natureza das condutas apontadas atenta contra instituições democráticas, sendo esta uma das bases para as alegações de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Mensagens e Intenções Declarações de Eduardo Bolsonaro

Em troca de mensagens datadas de julho, Eduardo chegou a enviar recados a Jair, onde expressava que o verdadeiro intuito da articulação não era garantir anistia para condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2022, mas sim assegurar uma condição de “impunidade” para seu pai. Ele falava ainda da necessidade de um apoio governamental da parte dos Estados Unidos, ressaltando que a falta dele poderia comprometer a situação de Jair Bolsonaro.

Eduardo descreveu o indiciamento como “absolutamente delirante” e negou que sua atuação nos EUA tivesse a intenção de interferir em qualquer processo judicial em andamento no Brasil, citando a luta pelas liberdades individuais como o verdadeiro objetivo de suas ações.

Reações de Eduardo e o Caso de Silas Malafaia

Além dos indiciamentos, o pastor Silas Malafaia, próximo a Jair Bolsonaro, foi alvo de ações da PF, caracterizado como um dos associados envolvidos na trama. Ele foi abordado ao chegar no Rio de Janeiro originando de uma viagem internacional. As ligações entre Malafaia e os Bolsonaros revelam uma rede de apoio que a PF considera ativada para coagir a Justiça Brasileira.

A PF destaca que Silas Malafaia, por intermédio de mensagens trocadas com Jair Bolsonaro, também participava dos esforços de coação à Justiça. O pastor, também conhecido por suas opiniões políticas fervorosas, tem sido citado como um ator relevante em estratégias que visam a discrédito do STF e interferência nos processos legais que envolvem os ex-mandatários.

Considerações Finais e Desdobramentos Potenciais

Com o desenrolar das investigações e o indiciamento formal, o cenário político brasileiro se intensifica, com diversos desdobramentos em potencial sobre a relação entre o Brasil e os Estados Unidos, além do fortalecimento de uma narrativa envolvendo perseguição política. Os Bolsonaros manifestaram publicamente sua indignação, afirmando a natureza perseguidora das ações da PF.

Em suma, o caso permanece em evolução e promete ocupar os noticiários por um bom tempo, tanto pela gravidade das acusações quanto pelas conexões internacionais que surgem neste contexto. O equilíbrio entre a Justiça e a política será central para a presidência e a credibilidade do sistema democrático brasileiro nos meses e anos que virão.

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