Hoje acontece uma das apresentações mais aguardadas do Mundial de Ginástica Rítmica, realizado na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro. A atleta Bárbara Domingos, considerada a principal representante do Brasil na modalidade, fará sua performance ao som de clássicos da música brasileira, como “Aquele Abraço”, de Gilberto Gil, e “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim. O objetivo? Alcançar a tão sonhada final do individual geral.
Mudança de música para emocionar a torcida
Para essa competição histórica, que marca a primeira vez que o Mundial acontece na América do Sul, Bárbara decidiu trocar a trilha sonora da sua série com fita, um dos aparelhos mais desafiadores. Com essa mudança, ela busca criar uma conexão ainda maior com o público local. “Queríamos uma série mais brasileira. Traz o público mais ainda para a gente. As minhas duas coreografias falam muito do Rio de Janeiro, são bem cariocas”, explica a atleta.
Bárbara também comentou sobre a disposição de outros atletas internacionais em usar músicas de sua terra natal, como as de Ivete Sangalo, demonstrando como as escolhas musicais se tornaram uma estratégia para engajar as torcidas. “É uma jogada, também fazemos isso, queremos agradar o público”, revelou.
Apresentações emocionantes e apoio da torcida
Na fase classificatória realizada ontem, Bárbara apresentou-se com o arco usando a trilha do filme “O Rei Leão” e, em sua performance com a bola, foi acompanhada pela música “Never Tear Us Apart”, do INXS. Junto com Geovanna Santos, que também representou o Brasil, as ginastas contaram com uma torcida vibrante, que fez a diferença ao apoiar cada performance com gritos e aplausos entusiásticos.
Bárbara não poupou elogios ao apoio do público, afirmando que isso a impulsiona ainda mais durante suas apresentações. “Temos uma responsabilidade e a torcida me alavanca, me dá mais força e segurança. Queria viver esse sonho, tenho muito a conquistar para o Brasil”, enfatizou a atleta, que faz história como a primeira brasileira a ganhar uma medalha em Copas do Mundo e a única a ter disputado uma final olímpica até hoje.
Rumo às finais
Após as atuações de ontem, ambas as atletas se encontraram na zona de classificação para o individual geral, com Geovanna finalizando em 10º lugar com 55.900 pontos e Bárbara em 12º, com 55.600. Apesar de não terem se classificado para as finais dos aparelhos de bola e arco, que acontecerão neste domingo, a expectativa é positiva para as apresentações de hoje, onde elas competirão com as maças e a fita.
Bárbara se mostrou confiante, afirmando que entrará com toda concentração e deseja sair de quadra feliz, mesmo com o desafio de adaptar sua série da fita em tão pouco tempo. A ginasta tentará levar sua experiência para suas performances, esperando alcançar um bom resultado em casa.
Sentimentos e desafios pessoais
Bárbara compartilhou a emoção de ter sua família na plateia, algo que nunca havia acontecido em um Mundial: “Essa é a primeira vez que minha família me assiste pessoalmente em um Mundial. Eles me apoiaram muito depois da Olimpíada, não foi fácil, mas conseguimos estar aqui. Me emociono por não ter desistido”, disse, destacando sua trajetória de recuperação após se afastar das competições devido a uma lesão no quadril e a pandemia.
Já Geovanna, que enfrentou dificuldades durante o ciclo olímpico, celebrou sua presença no Mundial, ressaltando que esta experiência superou suas expectativas. “Estar aqui superou os meus sonhos; esse tem sido o maior Mundial da história. Estou me divertindo e sendo feliz dentro de quadra”, afirmou a atleta, reforçando que sua performance será focada e consciente dos limites do entusiasmo da torcida.
Expectativas para o futuro
A competição prossegue, e tanto Bárbara quanto Geovanna estão empolgadas com a possibilidade de conquistar uma vaga na final do individual geral. Com a garra e o talento que ambas demonstraram, o Brasil tem boas razões para acreditar que a torcida ainda terá muito a comemorar durante o Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica.
O apoio popular e a paixão por esta linda arte esportiva são o combustível que impulsionam essas atletas a se superarem a cada apresentação. Enquanto isso, o Mundo assiste e respira a brilhante performance da ginástica rítmica brasileira.
