No último ano, o juiz rural do Kentucky, Kevin Mullins, foi morto em seu próprio tribunal, e agora surgem alegações alarmantes sobre seu envolvimento em um esquema de exploração sexual. Tya Adams, uma das alegadas vítimas, afirmou que jovens eram convencidas a realizar favores sexuais em troca de dinheiro ou para escapar de problemas legais. Esses relatos lançam uma luz perturbadora sobre as atividades do juiz pouco antes de sua morte.
A denúncia de Tya Adams
Tya Adams revelou a jornalistas que ela e outras jovens na cidade de Whitesburg foram pressionadas a participar de “festas de sexo” organizadas por Mullins e seus associados. Em sua entrevista, Adams descreveu a dinâmica de poder assustadora que fazia com que as mulheres se sentissem obrigadas a participar. “Era consensual, mas éramos tão jovens que eles usavam isso contra nós e destruíam nossas vidas depois”, disse ela.
Adams relatou que, movida pelo medo de que os serviços de proteção à criança (Child Protective Services – CPS) se envolvessem em sua vida, ela se sentia compelida a manter a boca fechada. “Eles te faziam sentir pequena, degradada e humilhada, tirando seu poder”, acrescentou.
O contexto em que essas atividades ocorriam era alarmante e comum na região, levando Adams a acreditar que ninguém acreditaria em suas alegações: “A cidade toda estava envolvida, ninguém se importava. Era tudo uma grande festa para eles”, disse.
Confirmações sobre o esquema
Sarah Davis, uma ex-deputada prisional, corroborou as alegações de Adams, dizendo que já havia ouvido histórias “nauseantes” sobre as festas de sexo. “Praticamente todo mundo no condado sabia”, afirmou, ressaltando que recebeu um convite para uma dessas festas.
As alegações de Adams acrescentam mais complexidade ao escândalo que envolveu a morte de Mullins, que foi filmada em um incidente dramático e chocante. Na sequência de sua morte, surgiram outras denúncias, incluindo a de Sabrina Adkins, que afirmou que Mullins estava ciente do esquema de extorsão sexual. Adkins alegou ter sido coagida a realizar favores sexuais em troca de permanecer sob prisão domiciliar.
Relação com o assassinato
Ainda não está claro se o esquema de sextortion teve alguma relação direta com o assassinato do juiz, que foi supostamente executado pelo xerife local, Shawn Stines. Stines foi amigo de longa data de Mullins e, segundo relatos, estava no tribunal no dia do crime. Imagens de câmeras de segurança supostamente capturaram o xerife entrando no escritório do juiz antes de abrir fogo.
Em seu depoimento, Adkins disse ter visto Mullins envolvido em atividades sexuais dentro de seus próprios escritórios, levantando mais suspeitas sobre suas operações ilícitas. Ela também mencionou que o ex-deputado Fields possuía gravações comprometedores de atividades sexuais que ocorreram nas câmaras do juiz.
O que acontece agora?
As autoridades regionais ainda não descartaram a possibilidade de que um escândalo sexual fosse o motivo por trás do assassinato. Stines, que se entregou à polícia imediatamente após o crime, afirmou que alguém estava tentando sequestrar sua esposa e filha, levando seu advogado a alegar que o incidente foi um “crime passional”. Enquanto isso, ele permanece preso sem direito a fiança, aguardando seu julgamento por assassinato de um funcionário público.
O caso em andamento levanta questões profundas sobre a corrupção e o abuso de poder em instituições que deveriam proteger a comunidade. À medida que novas informações continuarem a surgir, será crucial acompanhar como as autoridades responderão a essas alegações graves e o impacto que terão sobre a confiança do público no sistema judicial.
Este assunto continua em desenvolvimento e, sem dúvida, terá repercussões significativas em Whitesburg e na região do Kentucky como um todo.