Há pouco mais de uma década, os carros populares eram sinônimo de acessibilidade, oferecendo uma alternativa para quem buscava mobilidade sem gastar fortunas. Hoje, essa realidade parece distante. Modelos que outrora se destacavam por seus preços baixos agora ultrapassam a barreira dos R$ 80 mil, tornando o “popular” algo quase inacessível para muitos brasileiros.
Os dois carros mais baratos do Brasil
Renault Kwid
O Renault Kwid, lançado em 2017 como o “SUV dos compactos“, chegou ao mercado com um preço inicial de R$ 34.990. Na linha 2025, o mesmo modelo apresenta preços que vão de R$ 76.090 (versão Zen) a R$ 82.090 (Outsider), com aumentos de R$ 1.500 em relação à tabela anterior. A justificativa? Dólar elevado e custos maiores de produção. O Kwid Outsider, por exemplo, já custa o equivalente a dois modelos de sua versão inicial, evidenciando como o mercado automotivo mudou.
Fiat Mobi
Enquanto isso, o Fiat Mobi tenta se manter como o carro mais barato do Brasil, mas com preços que não deixam margem para otimismo. A versão básica Like custa R$ 74.990, enquanto a Trekking, com design aventureiro e central multimídia, sai por R$ 77.990. A lista de equipamentos é modesta, mas inclui itens de segurança como controle de tração e estabilidade. Mesmo assim, quem optar pelo Mobi terá de lidar com o menor porta-malas da categoria: apenas 200 litros, contra 290 litros do Kwid.
A diferença de preços não é o único reflexo das transformações do mercado. E da alta do dólar. O cenário evidencia a diminuição de opções acessíveis, tornando a compra de um carro zero cada vez mais difícil para o consumidor médio. Se nos anos 2000 a ideia de adquirir um carro novo parecia um objetivo realista para famílias brasileiras, hoje o mesmo se tornou um desafio financeiro, especialmente diante da concorrência com veículos usados, que, apesar da alta recente, ainda oferecem maior custo-benefício.
Por que os preços dos carros dispararam?
Especialistas apontam que essa tendência pode se intensificar com as novas tecnologias e as exigências ambientais, que elevam os custos de fabricação. O que antes era uma porta de entrada para a mobilidade está se transformando em um luxo para poucos. Diante disso, fica a pergunta: o que será do “popular” no mercado automotivo brasileiro nos próximos anos? Para muitos consumidores, o carro zero está se transformando em um luxo para poucos.
Os principais fatores que levaram ao aumento de preços dos carros populares brasileiros incluem:
- Valorização do dólar: Impacta diretamente o custo de produção, já que muitas peças são importadas.
- Altos custos de fabricação: Incluem novos requisitos tecnológicos e ambientais, além de inflação nos insumos.
- Mudanças no mercado: A redução de modelos acessíveis também contribui para o encarecimento das opções disponíveis.
O aumento expressivo nos preços dos carros populares
O Renault Kwid, lançado como o “SUV dos compactos” em 2017, tinha um preço inicial de R$ 34.990. Na linha 2025, os valores subiram significativamente: a versão Zen custa R$ 76.090, enquanto a Outsider atinge R$ 82.090. Este último é mais que o dobro do valor de lançamento de sua versão básica. Segundo a montadora, os aumentos refletem o impacto do dólar e o aumento nos custos de fabricação.
Já o Fiat Mobi, que busca se manter como o carro mais barato do Brasil, enfrenta um cenário semelhante. A versão Like custa R$ 74.990, e a Trekking, com itens adicionais como central multimídia e design aventureiro, chega a R$ 77.990. Apesar dos preços, o Mobi ainda enfrenta críticas pelo tamanho reduzido do porta-malas, com apenas 200 litros, inferior aos 290 litros do Kwid.
Quanto custa atualmente um carro popular no Brasil?
- O Renault Kwid, que custava R$ 34.990 em 2017, agora, acusta R$ 76.090 na versão de entrada
- O Fiat Mobi, considerado o mais barato do mercado, custa R$ 74.990 na versão básica Like
Alernativa para o brasileiro é pesquisar comprar os semi-novos
Carros usados, apesar de também terem subido de preço, ainda oferecem melhor custo-benefício em relação aos modelos zero-quilômetro.