Brasil, 21 de agosto de 2025
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Ministério Público solicita bloqueio de bens de Hytalo Santos

Investigação revela denúncias de trabalho infantil e exploração sexual nas redes sociais pelo influenciador Hytalo Santos.

O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) tomou uma medida drástica ao requisitar o bloqueio de bens do influenciador Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente. As investigações estão centradas em denúncias graves relacionadas a trabalho infantil, exploração sexual e tráfico humano voltado para a exploração de crianças na internet.

Na última segunda-feira (18), o MPT-PB formalizou o pedido junto à Justiça do Trabalho da Paraíba, que inclui o bloqueio de cinco veículos de luxo, empresas e outros bens no valor estimado de até R$ 20 milhões.

Esta ação é parte de um esforço para garantir que as futuras indenizações por danos morais coletivos sejam pagas, além de assegurar recursos para medidas de reparação e assistência às vítimas. A decisão do MPT foi fundamentada em indícios de tentativa de ocultação de patrimônio e movimentações financeiras que levantaram suspeitas sobre a legalidade das ações dos investigados.

Denúncias de 2024

As denúncias que resultaram na investigação foram feitas de forma anônima em 17 de dezembro de 2024. Desde então, o órgão responsável iniciou um trabalho investigativo intensivo. O procurador do Trabalho, Flávio Gondim, relatou que foram ouvidas mais de 15 testemunhas e analisados mais de 50 vídeos produzidos pelo influenciador.

A investigação indica que na residência de Hytalo Santos era mantida uma espécie de “reality show”, com uma produção contínua de conteúdo para as redes sociais, resultando em uma geração significativa de receitas para seus organizadores. Gondim comentou: “É inquestionável a existência de uma relação de trabalho”, destacando que o inquérito já alcança mais de duas mil páginas.

O MPT-PB também buscou informações de ex-funcionários e conhecidos da rotina diária dos menores, além de ter contado com a colaboração de coordenações de duas instituições educacionais que relataram que algumas crianças chegaram a ficar afastadas da escola por períodos de até 50 dias.

Flávio Gondim prosseguiu, afirmando: “Pelos fatos já apurados, não há como negar que há exploração do trabalho infantil. A erotização e o fato de haver a ‘monetização’. Isso já é suficiente para caracterizar um quadro de exploração sexual.” Ele pontuou que também está sendo investigado o possível aliciamento e o deslocamento de crianças para a exploração, o que poderia caracterizar tráfico de pessoas, tendo em vista a vulnerabilidade das menores envolvidas.

A gravidade das alegações e a repercussão do caso chamaram a atenção do público e reforçam a importância do diálogo sobre a proteção das crianças nas plataformas digitais, onde muitos influenciadores buscam visibilidade e lucro a qualquer custo. As investigações ainda estão em andamento, e novas informações podem surgir a qualquer momento.

Este caso levanta questões essenciais sobre a responsabilidade de influencers em relação aos menores sob sua tutela e as medidas que devem ser tomadas para garantir seu bem-estar, especialmente no ambiente virtual. As autoridades permanecem vigilantes quanto à proteção dos direitos das crianças, e o MPT-PB continua a apurar as circunstâncias que envolvem Hytalo Santos e suas práticas nas redes sociais.

Para mais detalhes, você pode acessar a matéria completa [aqui](https://gente.ig.com.br/celebridades/2025-08-20/mpt-pede-bloqueio-de-ate-r–20-milhoes-em-bens-de-hytalo-santos.html).

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