Brasil, 21 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Fhoresp lança guia para reduzir dependência do iFood no setor de delivery

Federação recomenda que restaurantes direcionem 70% dos pedidos a sistemas próprios e explorem alternativas ao iFood, ampliando autonomia

A Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo (Foresp) divulgou um guia com estratégias para que estabelecimentos do setor reduzam a dependência do iFood. A iniciativa busca diversificar as plataformas de delivery, estimulando os empresários a direcionar 70% dos pedidos para sistemas próprios e 30% para concorrentes como Rappi, 99Food e a chinesa Keeta, que deve iniciar operações no Brasil em novembro.

Estratégias para ampliar autonomia dos estabelecimentos

Segundo Edson Pinto, diretor-executivo da federação, o objetivo é fortalecer a autonomia dos restaurantes diante das altas taxas cobradas pelo iFood, que variam entre 18% e 32%. Ele destaca ainda a necessidade de os empresários considerarem alternativas que ofereçam condições comerciais mais vantajosas e menos dependentes de plataformas dominantes.

“Estamos estimulando os estabelecimentos a criarem seus próprios aplicativos ou migrarem para concorrentes como a Rappi e a 99Food. Também vamos avaliar a chegada da Keeta para entender qual será a melhor alternativa”, afirmou Pinto. A federação também critica o modelo adotado pelo iFood.

Controvérsia e embate entre federação e iFood

A relação entre a Foresp e o iFood vem se tensionando há meses. A entidade denuncia que a plataforma, além de cobrar taxas elevadas, mantém critérios de credenciamento que não obrigam os estabelecimentos a apresentarem alvará de funcionamento ou licença da Vigilância Sanitária. Para os empresários, essas condições afetam a competitividade, elevam preços ao consumidor e podem gerar riscos à saúde pública.

Pela nota do iFood ao Portal iG, a empresa afirma que “segue focada em oferecer uma experiência de qualidade a restaurantes, entregadores e consumidores, investindo no crescimento sustentável do ecossistema”. A companhia destaca sua trajetória de 15 anos no mercado brasileiro e a sua contribuição para o desenvolvimento do setor.

Expansão das concorrentes e crescimento do mercado

Enquanto a disputa interna se intensifica, outras plataformas anunciam expansão de suas operações. A Rappi anunciou isenção de taxas por três anos para novos e atuais parceiros, enquanto a 99Food voltou a atuar no mercado com credenciamento gratuito por dois anos. Além disso, a chinesa Keeta, controlada pela Meituan, deve iniciar atividades no Brasil até o fim do ano.

Segundo dados da Statista, o mercado de delivery no Brasil deve movimentar US$ 21,18 bilhões em 2025, chegando a US$ 27,81 bilhões em 2029. O iFood mantém sua liderança, com cerca de 55 milhões de usuários e maior participação no setor.

Impactos e perspectivas futuras

A iniciativa da Foresp reforça o movimento das empresas do setor por maior autonomia e melhores condições comerciais. Para o especialista em mercado de delivery, João Nascimento, a diversificação das plataformas pode estimular a competição e beneficiar tanto empresários quanto consumidores.

Com a chegada de novas opções e a possibilidade de criar aplicativos próprios, os restaurantes podem ganhar maior controle sobre suas operações, reduzindo custos e riscos. A ideia é fortalecer uma estrutura mais sustentável e competitiva para o crescimento do delivery no Brasil.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes