O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), revelou nesta quarta-feira (20) que os Estados Unidos irão aliviar as tarifas aplicadas às exportações brasileiras de aço e alumínio. A medida foi anunciada após reunião na Câmara dos Deputados, onde Alckmin apresentou projetos relacionados ao comércio exterior brasileiro e destacou o impacto positivo na competitividade industrial do país.
Reforma nas tarifas de aço e alumínio dos EUA
Segundo Alckmin, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos enquadrou as exportações brasileiras na Seção 232 do Ato de Expansão Comercial, o que garante um alívio nas tarifas. Anteriormente, esses produtos já estavam sujeitos a uma tarifa de 50%, mas agora, máquinas, equipamentos e motocicletas que contêm aço e alumínio também terão essa alíquota reduzida.
“Isso melhora nossa competitividade na área industrial”, afirmou o vice-presidente. Ele explicou que a medida atinge cerca de US$ 2,6 bilhões das exportações brasileiras, que totalizam aproximadamente US$ 40 bilhões para os EUA. Assim, 6,4% dessas vendas poderão sair das tarifas de 50% e entrar na nova classificação da seção 232.
Impactos positivos para o comércio exterior brasileiro
Segundo Alckmin, a redução nas tarifas deve facilitar o comércio de produtos como motocicletas, máquinas e equipamentos, fortalecendo a inserção do Brasil no mercado internacional. A expectativa é que a medida contribua para ampliar a competitividade e reduzir custos, especialmente em segmentos impactados pelo tarifamento americano.
Perspectivas para o setor industrial
O anúncio ocorre em um momento de negociações para avançar no acordo entre Mercosul e União Europeia, tema que o vice-presidente também abordou na conversa. “Vamos seguir trabalhando para ampliar e aprofundar o entendimento com os parceiros europeus”, afirmou.
O governo busca, assim, equilibrar as perdas causadas pelas tarifas dos EUA e fortalecer o comércio exterior brasileiro, promovendo uma maior inserção de suas exportações no mercado mundial e estimulando o crescimento do setor industrial nacional.
Para mais detalhes sobre a declaração de Alckmin, acesse a nota oficial do G1.