Brasil, 21 de agosto de 2025
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Produtores de soja dos EUA pedem que Trump alivie tarifas e retome compras chinesas

Agricultores americanos de soja alertam para crise financeira devido às tarifas de Trump e à substituição pelos grãos brasileiros na China

Os produtores de soja dos Estados Unidos estão à beira de uma crise financeira devido à guerra comercial prolongada com a China. Caleb Ragland, presidente da American Soybean Association, alertou que a situação ameaça a sobrevivência do setor, que enfrenta tarifas elevadas desde a administração Trump, tornando a soja americana 20% mais cara que a brasileira. A China, maior cliente da soja dos EUA, tem utilizado cada vez mais grãos do Brasil para atender à demanda.

Pedido de acordo e impactos da guerra comercial

Em carta enviada ao presidente Donald Trump na última terça-feira, Ragland pediu que o governo tome medidas para resolver as tarifas comerciais com a China e incluiu a solicitação de compras significativas de soja chinesa. “Quanto mais avançamos no outono sem um acordo com a China sobre a soja, piores serão os impactos”, afirmou. “Pedimos que a prioridade seja a soja neste processo de negociação”, completou.

Consequências para os agricultores americanos

O setor tem sofrido perdas, já que as vendas para outros países não conseguem compensar a ausência da China. “Os produtores de soja dos EUA não conseguem sobreviver a uma disputa comercial prolongada com nosso maior cliente”, declarou Ragland. “Eles estão sob extremo estresse financeiro, com preços em queda e custos de insumos e equipamentos cada vez mais altos.”

Escassez de compras da China e resposta oficial

A China ainda não efetuou compras da soja da próxima safra, que começa em setembro. Normalmente, antes da colheita, o país asiático encomendava cerca de 14% de suas compras estimadas de soja dos EUA. Essa lacuna na demanda reflete a dificuldade enfrentada pelos agricultores americanos em obter um mercado estável neste momento.

Em comunicado enviado à Bloomberg, a Casa Branca declarou que “o presidente se importa com os agricultores” e que “continuará abrindo mercados e equilibrando as condições para que os agricultores americanos possam vender ao máximo de produtos possíveis feitos nos EUA”, afirmou Anna Kelly, vice-secretária de imprensa da Casa Branca.

Perspectivas e próximos passos

O futuro do setor de soja dos EUA depende de uma possível retomada das negociações com a China. Enquanto isso, os agricultores continuam enfrentando dificuldades financeiras, com preços em declínio e custos elevados. A expectativa é que, se o governo não agir rapidamente, a crise possa se agravar, prejudicando toda a cadeia produtiva agrícola americana.

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