Brasil, 21 de agosto de 2025
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Governo tenta se reerguer após derrota na CPI do INSS

Lindbergh Farias aponta falhas na articulação política após revés.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), se manifestou nesta quarta-feira sobre as recentes derrotas do governo na comissão parlamentar de inquérito (CPI) do INSS. Em suas declarações, Farias criticou a falta de articulação política e revelou que a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, fez uma cobrança direta à base governista, enfatizando que o resultado negativo não se deveu à escassez de votos, mas a falhas na coordenação das ações.

A convocação para reunião de emergência

Na tentativa de reverter a situação, Gleisi Hoffmann convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto após os insucessos nas eleições para a presidência e a relatoria da CPI. Esses momentos de contenção se tornaram urgentes à medida que a CPI avança em suas investigações sobre fraudes bilionárias relacionadas ao INSS.

Análise da falha de articulação

Farias destacou que a derrota foi resultado de um “problema de articulação política, claramente”. Ele observou que houve uma subestimação sobre a mobilização necessária para a manutenção da maioria no colegiado. “A base foi surpreendida, porque tinha que ter mobilizado mais. Dá para montar uma maioria para conduzir os trabalhos com tranquilidade”, afirmou.

Além disso, o líder do PT ressaltou a necessidade de um acompanhamento mais próximo por parte dos líderes da base governista. “Gleisi fez uma cobrança. Todo mundo tem que ficar mais ligado, os líderes têm que ficar mais ligados. Mas ninguém tem medo dessa CPI”, declarou Farias, sinalizando uma disposição para reverter a situação.

O governo minimiza os danos

Apesar da pressão e dos comentários negativos em relação à condução da CPI, o governo tenta minimizar o impacto da derrota. Lindbergh Farias garantiu que “o governo não tem preocupação nenhuma com a CPI”, ressaltando que quem iniciou as investigações foi a Controladoria-Geral da União (CGU). “A posição é que tudo tem que ser revelado”, apontou.

Próximos passos do governo

Com uma visão de futuro, o governo pretende adotar novas estratégias para melhor organizar sua base e garantir uma maioria sólida dentro da CPI. Entre as ações previstas, estão conversas individuais com parlamentares aliados e o desenho de um roteiro de funcionamento da comissão que evite novas derrotas e garanta a continuidade das investigações.

Essa nova abordagem visa fortalecer a relação do governo com sua base, tornando-a mais coesa e capaz de enfrentar os desafios políticos que estão por vir. A CPM do INSS é apenas uma das diversas questões que o governo atual enfrenta, mas a capacidade de articulação pode ser decisiva para a governabilidade nos próximos meses.

As falhas na articulação apontadas pelo líder do PT podem servir como um alerta para o governo, que deverá ajustar sua estratégia e reavaliar sua base com a urgência que a situação exige. A expectativa é que as medidas propostas consigam não apenas estabilizar a atuação dentro da CPI, mas também restaurar a confiança entre os parlamentares e a base governista.

Com o panorama político em constante mudança, a agilidade em garantir uma posição forte nas comissões pode ser a chave para o sucesso do governo e suas iniciativas.

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