Nos últimos meses, a narrativa que associa as ações do ex-presidente Donald Trump à extravagância de Marie Antoinette tem ganhado força na internet. Enquanto a maioria dos americanos enfrenta alta nos preços, a administração de Trump empreendeu reformas milionárias na Casa Branca, elevando o luxo a um novo patamar, o que levou internautas a fazerem analogias com a rainha francesa.
Reformas na Casa Branca e o simbolismo do luxo na administração Trump
Durante seu mandato, Trump promoveu alterações no interior do Escritório Oval, adicionando elementos decorativos de ouro — incluindo detalhes no painel da lareira, molduras, o selo presidencial e cortinas extravagantes. Além disso, a equipe do ex-presidente anunciou a construção de um salão de baile de ouro e branco, com custo estimado de cerca de US$ 200 milhões (fonte).
Segundo fontes oficiais, mais expansões ainda estão previstas, incluindo um espaço luxuoso que parece fora de sintonia com o momento de crise enfrentado pela população americana, na qual quase 70% relatam dificuldades financeiras (CNBC).
Comparações históricas: Marie Antoinette e o despudor da ostentação
Internautas compararam o estilo de Trump às ações de Marie Antoinette, rainha da França que viveu sob o luxo enquanto seu povo passava fome. A frase atribuída a ela, “Que comam cake”, tornou-se símbolo de uma liderança insensível às necessidades da população (Britannica). Ambos os líderes, na visão dos críticos, parecem desconectados das dificuldades enfrentadas por suas populações.
Reclamações sociais e críticas ao ego de uma administração
As ações de Trump, como o uso de ouro em sua reforma e a construção do salão de festas, ocorreram num período de crise econômica, aumento da inflação e crise da habitação nos EUA. Segundo a CNN, quase 14 milhões de crianças vivem em situação de insegurança alimentar (Feeding America).
Internautas expressaram sua indignação: “Construir um salão de ouro enquanto metade do país sofre por falta de saúde e moradia é como um déjà vu da França pré-Revolução”, afirmou um usuário do Twitter, numa postagem que alcançou mais de 3 milhões de visualizações.
O legado de desperdício e ações contraditórias
Apesar de prometer uma gestão contra o desperdício de recursos, a administração Trump gastou milhões em reformas ostentosas na Casa Branca, enquanto, no mesmo período, o governo enfatizava ganhos econômicos causados pelas tarifas comerciais aplicadas, que aumentaram o custo de produtos básicos, como alimentos e gasolina (NPR).
Especialistas criticam a disparidade entre o luxo ostentado pelo ex-presidente e a realidade difícil de milhões de cidadãos. “Esse tipo de gasto revela uma desconexão total com os problemas do país”, avalia o analista político Marcelo Souza.
Perspectivas e impacto na opinião pública
Enquanto mais reformas luxuosas são planejadas, a insatisfação popular aumenta, e a comparação com Marie Antoinette reforça a percepção de uma liderança distante da realidade do povo. Analistas apontam que essa postura pode prejudicar a imagem de Trump em futuros processos eleitorais.
A expectativa é que a narrativa continue forte, alimentada por críticas às diferenças entre o luxo ostentado na Casa Branca e o sofrimento da população. A discussão ligada ao legado de desconexão e desperdício parece ameaçar a visibilidade e influência do ex-presidente de modo duradouro.