Brasil, 20 de agosto de 2025
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Oposição assume comando da CPMI que investiga descontos no INSS

Oposição elege presidente e relator da CPMI que apura descontos irregulares em benefícios do INSS para aposentados e pensionistas.

No cenário político atual, a oposição se destacou ao eleger dois importantes representantes para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar os descontos irregulares realizados por entidades associativas nos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. O senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito presidente, enquanto o deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL) assumirá a relatoria do caso.

Resultados surpreendentes na eleição da CPMI

A votação para os principais cargos da CPMI foi bastante acirrada. Carlos Viana venceu Omar Aziz (PSD-AM) por 17 votos a 14, em um resultado que surpreendeu muitos observadores, uma vez que Aziz era considerado o favorito, especialmente por ter sido indicado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Após sua eleição, Viana declarou que seu trabalho na comissão será pautado pela “responsabilidade e independência”, enquanto já indicou Gaspar, seu correligionário, para a relatoria.

Oposição em evidência

Com essa vitória, a oposição conseguiu ocupar duas das posições mais relevantes na comissão. Além disso, Gaspar já possui uma trajetória marcante, tendo sido o relator do pedido de suspensão do processo contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que esteve envolvido em acusações de tentativa de golpe de Estado.

O esquema de descontos ilegais

O foco da investigação da CPMI será um esquema que, segundo a Polícia Federal, realizou descontos ilegais nos contracheques de 3,2 milhões de aposentados e pensionistas entre março de 2020 e março de 2025. As entidades envolvidas criaram empresas de fachada com o intuito de fraudar o sistema. Até agora, a operação resultou na prisão de oito pessoas, e as investigações continuam para identificar todos os responsáveis pelos crimes.

Devolução de valores aos beneficiários

Os descontos indevidos estão sendo restituídos pelo INSS, por meio de um acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A adesão ao acordo está aberta para aqueles que contestaram os valores e não obtiveram resposta da entidade responsável em até 15 dias úteis. A medida abrange todos os beneficiários que sofreram descontos entre março de 2020 e março de 2025, e até o momento, mais de 1,8 milhão de beneficiários (75% do total apto) já aderiram ao acordo.

Para facilitar o processo, os beneficiários podem formalizar a contestação por meio do aplicativo Meu INSS, na central de atendimento 135 ou nas agências dos Correios. A expectativa é que 99% dos beneficiários que aderirem ao acordo recebam os valores descontados indevidamente até a próxima segunda-feira, dia 18.

Expectativas para o futuro

A eleição da oposição para a presidência e relatoria da CPMI representa um passo significativo na busca por transparência e justiça para os aposentados e pensionistas que foram afetados pelos descontos irregulares. Conhecido por suas práticas de fiscalização, o Congresso Nacional espera que a comissão funcione de forma eficaz, trazendo à tona todos os aspectos do esquema de fraudes e garantindo que os responsáveis sejam devidamente punidos.

As próximas semanas serão cruciais para o andamento das investigações e a restituição dos valores. Fica a expectativa sobre como a CPMI irá conduzir esses trabalhos e quais medidas serão adotadas para prevenir que situações semelhantes ocorram no futuro.

Para mais detalhes sobre o andamento das investigações e possíveis desdobramentos, continue acompanhando as notícias sobre o caso.

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