Na manhã desta quarta-feira, 20 de agosto, a Polícia Civil do Distrito Federal realizou uma operação que resultou na prisão de cinco pessoas suspeitas de estelionato e extorsão, utilizando um site de acompanhantes para aplicar golpes em vítimas desavisadas. A quadrilha, composta por três homens e duas mulheres, operava principalmente em Montes Claros, Minas Gerais, mas suas ações impactaram pessoas em diferentes regiões, incluindo o Distrito Federal.
Como o golpe funcionava
A dinâmica dos crimes envolvia o agendamento de encontros falsos por meio de anúncios criados pela quadrilha. Uma das vítimas, um homem de 31 anos, relatou à polícia que, ao acessar um site de acompanhantes, foi atraído pela proposta de um encontro que custava R$ 100. Na expectativa de encontrar uma acompanhante, ele dirigiu-se a um hotel em Taguatinga.
No entanto, ao chegar ao local, foi orientado a realizar um depósito inicial via PIX. Após efetuar o pagamento, a suposta acompanhante informou que mais R$ 100 seriam necessários para liberar o quarto. Diante da situação, o homem começou a desconfiar e decidiu desistir do encontro.
A partir desse momento, ele passou a receber ameaças de um indivíduo que se identificou como parte de uma facção criminosa e “cafetão” da acompanhante. O agressor exigiu que a vítima pagasse R$ 500, alegando que ela havia atrapalhado a agenda da garota. O homem, temendo pela própria segurança e pela de seus familiares, acabou transferindo o dinheiro.
Identificação dos criminosos
Os criminosos foram identificados como:
- Ketlin Tatiele, 23 anos: responsável pela criação dos anúncios e pelo contato direto com as vítimas.
- Jefferson Almeida, 27 anos: gerenciava as contas bancárias e recebia o dinheiro ilícito.
- João Victor Rodrigues, 21 anos: alterava os números de telefone usados nos anúncios após a realização dos golpes.
- Roger Juneo Souza, 21 anos: atuava como “laranja”, fornecendo dados bancários.
- Sara Gabriela, 23 anos: também atuava como “laranja” e colaborava no recebimento dos valores extorquidos.
Segundo a polícia, a quadrilha chegou a extorquir um total de R$ 2.200 de suas vítimas. Além dos mandados de prisão, a operação incluiu cinco mandados de busca e apreensão em residências dos suspeitos.
Atingindo vítimas fora do DF
As investigações revelaram que a quadrilha não se limitava ao Distrito Federal; havia registros de crimes semelhantes em outros estados do Brasil. O envolvimento de várias localidades levanta a necessidade de uma mobilização mais ampla entre as forças de segurança para conscientizar a população sobre os riscos de golpes virtuais e a importância de denúncias.
A operação policial busca não apenas prender os responsáveis, mas também coibir esse tipo de crime que tem se tornado cada vez mais comum com o avanço da tecnologia e o uso indiscriminado das redes sociais e aplicativos de mensagens.
Conscientização é fundamental
Além das prisões, é crucial que a sociedade esteja atenta a esses tipos de abordagem virtual. A manipulação e as ameaças são táticas comuns em estelionatos, e a conscientização sobre esses golpes pode ajudar a prevenir que mais pessoas sejam enganadas. Tais situações podem ser traumatizantes e comprometer a segurança e o bem-estar das vítimas.
A Polícia Civil do DF reforça que a denúncia é fundamental. As vítimas devem procurar delegacias e relatar qualquer ocorrência de golpe, contribuindo assim para a segurança coletiva. Com ações integradas, a esperança é que crimes como esses possam ser combatidos e que as vítimas recebam o apoio necessário.
As operações continuam e outras pessoas podem ser responsabilizadas por seus atos. A polícia orienta a todos que fiquem atentos e informados sobre a segurança nas transações pela internet.
Para saber mais sobre segurança digital e como se proteger de fraudes, acompanhe as notícias e divulgações das autoridades competentes.
