A Polícia Civil de São Paulo prendeu na última quarta-feira (20) Carlos Salomão, um empresário suspeito de assassinar seu irmão, Rogério Salomão, de 52 anos, e a advogada dele, Lilian Cláudia Jorge, de 50 anos. A prisão ocorreu em Jacobina, na Bahia, e também resultou na detenção de Bruno Carlos Orioli, filho de Carlos, e Wagner Queiroz do Nascimento, um funcionário da família. O crime, que teve ampla repercussão, se deu em um galpão desativado de um supermercado em Jardinópolis (SP) e está atrelado a uma complexa disputa de herança.
Contexto do crime em Jardinópolis
O assassinato de Rogério e Lilian aconteceu durante uma suposta entrega de chaves do galpão, o que estava atrelado a um litígio familiar sobre a herança deixada pelo pai dos irmãos, o empresário Márcio Salomão, que faleceu em 2022. Segundo os registros, Rogério se encontrava no local para formalizar a entrega do imóvel, mas a situação culminou em um violento confronto, com cerca de 15 disparos disparados contra as vítimas.
Investigações iniciais indicam que Carlos, que era irmão apenas por parte de pai, estava envolvido em uma briga judicial com Rogério por conta de propriedades que não haviam sido incluídas no inventário do pai. Justamente em meio a essa tensão, as vítimas foram atacadas, levando à morte dos dois.
Investigações e detalhes da disputa por herança
A disputa pela herança entre os irmãos era marcada por constantes ameaças e conflitos verbais. Informações obtidas mostram que Carlos estava prestes a entregar as chaves do galpão a Rogério, que tinha ownership sobre o imóvel. O ambiente de tensão entre os irmãos se agravou conforme Carlos ajuizou uma ação contra Rogério em relação ao que classifica como patrimônio que deveria ser partilhado após a morte do pai.
Descrição do crime e investigações
Na manhã do crime, Rogério e Lilian foram surpreendidos em um compartimento nos fundos do galpão, onde o conflito provavelmente teve início. A Polícia Civil, ao investigar o local, encontrou várias cápsulas de munição de armamento calibre 9 mm e 380. Há também registros de marcas de sangue a quatro metros do local onde as vítimas foram baleadas, indicando que a brutalidade do ataque talvez tenha sido planejada.
Além disso, documentos não assinados relacionados à entrega do imóvel foram encontrados, o que levanta a suspeita de que uma emboscada poderia ter sido orquestrada. Imagens de câmeras de segurança da região também estão sendo analisadas como parte da investigação.
Repercussão e defesas dos acusados
A prisão de Carlos Salomão e dos outros suspeitos causou alvoroço na região, especialmente considerando que o advogado de Carlos e Wagner, Marcelo Dentello, sofreu um ataque a tiros dias antes das prisões, algo que adiciona uma nova camada de complexidade ao caso. O advogado declarou à imprensa que estava avaliando as melhores opções para se deslocar até a Bahia e obter mais informações sobre a integridade física dos seus clientes, além de discutir os próximos passos legais.
Por sua vez, a defesa de Bruno Orioli posicionou-se afirmando que ele nega qualquer participação no duplo homicídio. As motivações por trás destas mortes e as implicações legais e coletivas na comunidade local estão gerando um amplo debate sobre conflitos familiares e disputas por herança, que nem sempre possuem um desfecho pacífico.
Conclusão
Os acontecimentos em Jardinópolis são um triste reflexo dos conflitos que podem ocorrer na esfera familiar em decorrência de heranças e propriedades. O caso continua sob investigação e a sociedade aguarda mais esclarecimentos sobre essa tragédia que impactou não apenas uma família, mas toda uma comunidade. Com a evolução das investigações, espera-se que a justiça seja feita e que a verdade sobre os eventos se revele, trazendo um pouco de paz para as partes envolvidas.
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