A deputada estadual Nicole Collier, do Texas, permaneceu na Câmara estadual após recusar uma escolta policial designada por representantes republicanos, que tentavam levá-la para fora do prédio legislativo. Collier, que faz parte de um grupo de mais de 50 democratas que deixam o estado em protesto contra um projeto de redistribuição eleitoral, afirmou que não sabe quanto tempo continuará na Câmara.
Regras rígidas para deputados ausentes com mandados de prisão
Após o retorno dos democratas ao Texas, o presidente da Câmara, Dustin Burrows, anunciou que deputados com mandados de prisão emitidos contra eles durante sua ausência só poderão sair do prédio se concordarem com uma condição específica: serem levados à custódia de um policial do Departamento de Segurança Pública (DPS). “Deputados que não estavam presentes até hoje e tiveram mandados de prisão emitidos só receberão permissão para sair mediante autorização por escrito e entrega ao DPS”, afirmou Burrows.
Resistência e opiniões divididas
Collier recusou seguir a orientação e, por isso, passou a noite no Legislativo, criticando a atuação policial. “Em vez de policiais procurando pedófilos, eles foram designados para seguir deputados, só para garantir que retornemos na quarta-feira, quando a Câmara será reconvocada”, escreveu a deputada em nota ao Fort Worth Report.
Enquanto algumas pessoas criticam a postura do governo, consideram a ação uma forma de autoritarismo, enquanto outras apoiam o ato de resistência. Usuários na internet rotularam a tentativa de prender Collier como uma prática de “sequestrou” ou “método autoritário”.
Reações e reação pública
Na rede social Twitter, a deputada Jasmine Crockett classificou a situação como “extraordinariamente aberrante” e acusou os republicanos de seguirem um “modus operandi do século XIX”. Por outro lado, alguns apoiadores de Collier a consideraram uma “heroína americana”, destacando sua coragem em face das ações do Legislativo.
Perspectivas futuras
Com o retorno dos democratas, a expectativa é de que a crise política no Texas se estabilize. No entanto, a disputa sobre as mudanças no mapa eleitoral continua, alimentando tensões no Estado e levantando questões sobre limites do poder Legislativo e o direito de protesto dos deputados.
