Brasil, 20 de agosto de 2025
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Aprovação de Lula sobe para 46% com queda da inflação

A pesquisa Quaest revela aumento da aprovação do presidente Lula, influenciada pela inflação e reações ao tarifaço americano.

De acordo com a Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (20/8), a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 46%, representando um aumento significativo em comparação aos 43% registrados no mês anterior. Essa mudança é interpretada pelo cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest, como um reflexo tanto da diminuição da inflação dos alimentos quanto da resposta do presidente às tarifas impostas pelos Estados Unidos.

A influência da inflação na aprovação de Lula

O levantamento aponta uma segunda elevação consecutiva na aprovação de Lula, o que é considerado um sinal de alívio para muitas famílias. Segundo Nunes, “a percepção do comportamento do preço dos alimentos trouxe alívio às famílias e reduziu a pressão sobre o custo de vida.” Esse fator é crucial, uma vez que a inflação alta tem lhe sido uma preocupação constante para o povo brasileiro, impactando diretamente seu poder de compra.

Esse aumento na aprovação, no entanto, não bastou para superar a taxa de desaprovação do presidente, que se mantém alta, atingindo 51% dos entrevistados, embora a desaprovação tenha diminuído de 53% para 51% em relação à pesquisa anterior. Além disso, em maio desse ano, esse percentual chegou a 57%, evidenciando uma leve melhora na percepção pública.

A percepção econômica do povo brasileiro

Outra constatação interessante na pesquisa é a mudança na percepção dos brasileiros sobre os preços dos alimentos. O número de entrevistados que acredita que os preços dos alimentos aumentaram recuou de 76% em julho para 60% em agosto. Além disso, a opinião de que o poder de compra é menor do que há um ano caiu de 80% para 70%. Essas informações sugerem uma mudança positiva nas expectativas dos brasileiros em relação à economia, refletindo uma divisão nas opiniões sobre a expectativa econômica futura: 40% acreditam que o cenário vai piorar, enquanto 40% acreditam que vai melhorar.

Reação ao tarifaço e a comparação com Bolsonaro

No que diz respeito ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos, os entrevistados demonstraram uma reprovação maior em relação às condutas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu filho Eduardo Bolsonaro do que em relação a Lula. Quando questionados sobre as ações do ex-presidente frente às tarifas, 55% responderam que ele agiu de maneira negativa, enquanto apenas 24% acreditaram em uma ação positiva. Os dados relativos ao deputado Eduardo Bolsonaro são semelhantes, evidenciando um descontentamento em relação às ações da família Bolsonaro nesse tema.

Para Lula, 46% consideram que suas ações em relação ao tarifaço foram inadequadas, enquanto 44% as qualificaram como boas, com um pequeno percentual (10%) sem opinião definida. Esse panorama sugere que os eleitores estão atentos ao que percebem como ações mais efetivas na condução econômica do país.

A situação das tarifas e interesses pessoais

As tarifas impostas sobre produtos brasileiros no mercado norte-americano foram implementadas em abril deste ano, aumentando os desafios para a indústria e economia brasileiras. Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA desde fevereiro, foi criticado por 69% dos entrevistados por supostamente defender interesses pessoais e familiares enquanto se apresenta como um defensor dos direitos humanos e da democracia no Brasil.

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou a abertura de um inquérito sobre a conduta de Eduardo nesse contexto, indicando que as ações do deputado poderiam estar complicando as negociações do Brasil frente às tarifas americanas.

Detalhes da pesquisa

A pesquisa Quaest foi realizada entre os dias 13 e 17 de agosto, abrangendo os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco, totalizando 12.150 entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, do nível de confiança de 95%, o que demonstra a solidez das informações apresentadas.

Com tais dados, fica evidente que o cenário político e econômico do Brasil continua em transformação, refletindo a resposta do público às realidades cotidianas, especialmente em tempos desafiadores. A gestão de Lula e sua capacidade de lidar com as pressões internas e externas se tornam cada vez mais cruciais para o futuro político do Brasil.

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