Brasil, 20 de agosto de 2025
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Aprovação do governo Lula cresce entre mulheres, nordestinos e mais pobres

A pesquisa Genial/Quaest revela aumento significativo na aprovação do governo Lula, especialmente entre grupos favorecidos pelo petismo.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou um avanço significativo em sua aprovação no mês de agosto, conforme apontou a recente pesquisa Genial/Quaest. O levantamento, que é considerado o mais expressivo desde janeiro, revela que a distância entre aqueles que aprovam (46%) e desaprovam (51%) a gestão petista caiu pela metade em apenas um mês, reduzindo-se de dez para cinco pontos percentuais. O crescimento na aprovação é especialmente notório entre segmentos da população que historicamente apoiam o petismo, como mulheres, moradores do Nordeste e pessoas com renda de até dois salários mínimos.

Efeito positivo da pesquisa diante do cenário econômico

A pesquisa, realizada entre os dias 13 e 17 de agosto, envolveu 12.150 entrevistas presenciais em oito estados que representam 66% do eleitorado brasileiro. Com uma margem de erro de 2 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%, o estudo destaca mudanças significativas na avaliação do governo entre diferentes demografias.

Entre o público feminino, a aprovação subiu dois pontos percentuais, atingindo 48%, quase empatando com a desaprovação de 49%. Anteriormente, em julho, os índices eram de 46% e 49%, respectivamente. No Nordeste, a situação é ainda mais positiva, com a aprovação do governo subindo de 53% para 60%, consolidando uma margem de 23 pontos percentuais sobre a desaprovação. Nos dois estados da região incluídos na pesquisa, a Bahia e Pernambuco, houve também um aumento expressivo da aprovação, de 47% para 60% na Bahia e de 49% para 62% em Pernambuco.

Apoio crescente entre os mais pobres e beneficiários do Bolsa Família

Outro ponto relevante é a aprovação expressiva do governo entre aqueles que recebem até dois salários mínimos, onde 55% dos entrevistados se mostram favoráveis à gestão atual. Em comparação com a pesquisa anterior, que indicava um empate técnico nessa faixa, a recuperação é notória. Além disso, aqueles com menos escolaridade também demonstraram maior aprovação, com o índice subindo de 51% para 56% entre os que têm apenas o Ensino Fundamental.

A pesquisa indica que o apoio à gestão petista é ainda mais robusto entre os católicos (54%) e especialmente entre os beneficiários do Bolsa Família, que passaram de uma aprovação de 60% para uma margem de 23 pontos percentuais em relação à desaprovação.

A percepção da inflação e seu impacto na aprovação

Um fator importante que contribuiu para este aumento na aprovação foi a queda na inflação dos alimentos, um tema que repercute em todas as regiões do Brasil. A percepção de que houve alta nos preços recuou de 76% para 60% em um mês. Para 20% da população, os preços se mantiveram estáveis, enquanto 18% relataram uma diminuição nos preços, um aumento significativo em comparação aos 8% de julho.

Dados adicionais mostram que a crença de que o poder de compra é menor do que no ano anterior caiu de 80% para 70%, e as expectativas quanto ao futuro econômico estão divididas: 40% acreditam que a situação irá piorar, enquanto 40% têm um olhar otimista em relação à recuperação econômica.

Reação do governo e desafio aos preços externos

Felipe Nunes, CEO da Quaest, observa que a percepção do comportamento dos preços dos alimentos aliviou a pressão sobre o custo de vida enfrentada pelas famílias brasileiras. Além disso, a postura firme do governo Lula diante do “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos foi interpretada como uma demonstração de liderança e defesa dos interesses nacionais, o que também pode ter contribuído para o avanço na aprovação da gestão petista.

Esta pesquisa, portanto, oferece uma visão detalhada e crítica sobre a situação atual do governo Lula, revelando não apenas um crescimento na aprovação, mas também as nuances nas percepções da população sobre a economia e as políticas públicas em andamento. À medida que se aproxima a reta final do ano, será fundamental observar se essas tendências se consolidam e como isto poderá influenciar os próximos passos da administração atual.

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