O plenário do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (19) a indicação de Wadih Damous para a presidência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Com 38 votos favoráveis contra 20, a votação refletiu a divisão de opiniões sobre o nome, que ocupa atualmente a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon).
Divisão na votação e críticas de senadores
Apesar do apoio majoritário, Wadih enfrentou resistência expressiva durante o plenário. O senador Sérgio Moro (União-PR), ex-juiz federal responsável por processos ligados à Operação Lava-Jato, classificou Damous como um “radical” e afirmou que não poderia votar favoravelmente pelo seu posicionamento político. “Estou votando em nomes apoiados pelo governo, mas este é um radical petista que ofende o combate à corrupção neste país”, declarou Moro.
Por outro lado, senadores aliados de Lula defenderam a nomeação. Soraya Thronicke (Podemos-MS) ressaltou a competência de Damous, afirmando que “Wadih é um grande jurista”. Ela também criticou as acusações de radicalismo, destacando que “radical é endeusar figuras como Brilhante Ustra, e não uma pessoa que vem do campo jurídico”.
Defesa do nome de Wadih Damous no Senado
O senador Weverton Rocha (PDT-MA) destacou a trajetória moderada de Damous. “Enquanto deputado, Wadih sempre manteve relações equilibradas com adversários políticos. Em todos os cargos que ocupou, conduziu a Secretaria Nacional do Consumidor com excelência e dedicação”, afirmou. Ele também criticou as críticas feitas ao indicado.
Principais ações na Secretaria Nacional do Consumidor
Durante sua gestão na Senacon, Wadih Damous comandou negociações importantes para o setor de planos de saúde, contendo aumentos expressivos no número de cancelamentos e rescisões unilaterais de contratos, uma pauta sob regulação da agência. “Sob sua liderança, houve esforços para equilibrar o mercado e proteger os direitos dos consumidores”, afirmou uma fonte próxima ao processo.
Perspectivas para o futuro da ANS
A aprovação de Damous pelo Senado sinaliza um movimento do governo para uma administração que combine conhecimento jurídico com alinhamento às políticas de saúde pública. Sua nomeação deve impactar as decisões da agência, especialmente na regulação de planos de saúde e na proteção dos usuários, contribuindo para a continuidade das ações de defesa do consumidor.
A indicação agora segue para sanção presidencial e deve definir o rumo da ANS nos próximos anos, especialmente diante dos desafios do setor de saúde suplementar no Brasil.
Para mais detalhes, acesse a matéria completa no Fonte.
tags: política, saúde, ANS, Wadih Damous, Senado