Brasil, 20 de agosto de 2025
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Jillian Michaels causa polêmica ao defender visão controversa sobre história e escravidão

Celebridade apoiadora de Trump e treinadora do Big Loser teve intenso debate na CNN ao, aparentemente, minimizar aspectos históricos negativos dos EUA.

Nesta quarta-feira (25), Jillian Michaels, famosa treinadora do programa Big Loser e apoiadora do ex-presidente Donald Trump, gerou grande repercussão ao participar de um debate na CNN sobre as mudanças na narrativa histórica promovidas pelo governo. A discussão, que envolvia temas como escravidão e a revisão de conteúdos nos museus, acabou se tornando uma discussão acalorada e cheia de tensões.

Debate sobre história e narrativas nos museus americanos

Durante a participação na CNN NewsNight, Michaels, ao lado do comentarista conservador Scott Jennings e outros analistas, foi questionada sobre as ações do governo Trump na revisão de exposições no Smithsonian Institution. Quando a comentarista Julie Roginsky afirmou que o presidente buscava mudar a cultura e reescrever a história para não ofender sua base eleitoral, Michaels tentou intervir.

“Você pode abordar algumas dessas questões? Você já olhou para as exibições do Smithsonian?” perguntou Michaels, referindo-se às exibições históricas que abordam temas como escravidão. Roginsky respondeu afirmando que “sim, a escravidão foi uma coisa ruim, e devemos falar sobre isso”, o que estimulou Michaels a interromper.

Confronto sobre escravidão e white supremacy

O momento ficou tenso quando Michaels virou-se para Ritchie Torres e afirmou: “Você sabe que menos de 2% dos brancos americanos possuíam escravos?” citando uma estatística contestada. Torres respondeu que, mesmo assim, “foi um sistema de supremacia branca”.

Envolvida na discussão, Michaels ainda afirmou que “a escravidão tem milhares de anos”, tentando, aparentemente, minimizar a expressão de opressão específica dos EUA. O comentarista Philip, por sua vez, afirmou estar “surpreso” com a iniciativa de Michaels de disputar quem foi beneficiado pela escravidão.

“No contexto da história americana, o que você está dizendo que está incorreto ao afirmar que foi brancos que opuseram negros?” indagou Philip. Michaels respondeu: “Tudo isso é como se dissessem, ‘os brancos são maus’, e essa não é a verdade.”

Críticas a elementos da exposição no Smithsonian

Além do debate sobre escravidão, Jillian Michaels também criticou exposições no Smithsonian que abordam temas de gênero e sexualidade. Ela questionou, por exemplo, a presença da bandeira gay na entrada do museu e tentou discutir uma exibição relacionada a testes de gênero em esportes.

“Você sabia que, ao entrar na entrada, a primeira coisa que se vê é a bandeira gay?” questionou Michaels, que é casada com uma mulher. Phillip, no entanto, tentou encerrar a discussão, dizendo que “não há tempo para litigar tudo isso”.

Repercussões e posicionamentos

O episódio gerou repercussões variadas nas redes sociais, com críticos destacando que a postura de Michaels pareceu defender uma visão revisionista da história americana e ignorar o impacto da escravidão na formação do país. Enquanto alguns pontuaram que ela tentava minimizar a opressão, outros consideraram suas afirmações uma provocação ao debate acadêmico e histórico.

A professora e analista social Ana Oliveira comentou: “A postura de Michaels reflete uma tentativa de reescrever a história, minimizando os efeitos do racismo e da sistema de opressão que marcaram os Estados Unidos.”

Este episódio evidencia a polarização sobre temas históricos e políticos no Brasil e no mundo, mostrando como figuras públicas podem influenciar e ampliar debates sobre o passado e a cultura nacional.

Perspectivas futuras

Especialistas afirmam que debates assim devem continuar polarizados, especialmente com a crescente influência de discursos revisionistas nas redes sociais e na política. A discussão sobre a narrativa histórica é essencial para o entendimento do presente e para a formação de uma sociedade mais consciente do seu passado.

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