Brasil, 20 de agosto de 2025
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Juíza rejeita ação contra Buffalo Wild Wings por questão de gênero na banheiro

Garota de 18 anos alegou que funcionária a obrigou a provar seu gênero para usar o banheiro; caso reacende debate sobre direitos trans

Uma decisão judicial em Minnesotta rejeitou uma ação movida por Gerika Mudra, de 18 anos, que alegava ter sido discriminada por funcionária do Buffalo Wild Wings ao ser obrigada a provar seu gênero para usar o banheiro feminino. O caso, ocorrido em abril no restaurante de Owatonna, ganhou destaque após viralizar nas redes sociais e reacender o debate sobre direitos de pessoas trans e práticas discriminatórias em espaços públicos.

Detalhes do incidente e reação da vítima

Segundo relato de Gerika, ela entrou no banheiro feminino e foi surpreendida por uma funcionária, que bateu na porta do cubículo e gritou que “o homem tinha que sair do banheiro das mulheres”. Ela explicou que era uma mulher, mostrando-se e afirmando sua identidade, mas a funcionária não se retratou, apenas saiu sem pedir desculpas. Desesperada, Gerika revelou que teve que mostrar seus seios sob as roupas para provar seu gênero, o que a deixou insegura e relutante em frequentar banheiros públicos.

A jovem, com o apoio da organização Gender Justice, entrou com uma denúncia por discriminação na Comissão de Direitos Humanos de Minnesota. A advogada de Gerika, Sara Jane Baldwin, afirmou que o objetivo é cobrar responsabilização, uma retratação e mudanças na política da rede de fast food.

Repercussão e debates nas redes sociais

O caso causou intenso clamor na internet, especialmente no Twitter, onde internautas expressaram sua indignação com as práticas discriminatórias e o impacto na privacidade e segurança de pessoas trans. Diversos usuários ressaltaram que exigir que uma pessoa transprove sua identidade de forma humilhante é um ato de violência institucional.

Um trecho de mensagens nas redes mostram como a discussão sobre o tema ainda é polêmica. Uma internauta afirmou: “Transfobia machuca TODAS as mulheres, não só as trans”. Outro comentou: “Não há como ‘provar’ que você é cis sem que isso seja uma forma de agressão sexual”.

Contexto social e reflexão sobre políticas de gênero

Especialistas e ativistas afirmam que procedimentos que obrigam pessoas trans a provar sua identidade reforçam a violação de direitos humanos e perpetuam a discriminação. A prática foi criticada por reforçar estereótipos de normatividade de gênero, além de colocar em risco a segurança de adolescentes e adultos trans na busca por privacidade.

Gerika ainda explicou que, após o ocorrido, passou a evitar frequentar banheiros públicos e até mesmo segurou seu xixi por medo de enfrentar outra situação similar. Ela afirmou: “Foi uma experiência traumatizante, e preferi evitar locais públicos”.

Próximos passos e o debate contínuo

Por ora, o caso ainda está em andamento na justiça, que deverá determinar futuras ações contra a rede Buffalo Wild Wings. Organizações de direitos civis continuam a lutar por políticas mais inclusivas e pelo fim de práticas humilhantes que atingem a comunidade trans.

Este episódio reacende a discussão sobre a necessidade de respeito às identidades de gênero e a implementação de políticas que garantam dignidade e segurança para todos, independentemente de sua orientação ou expressão de gênero.

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