Brasil, 20 de agosto de 2025
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Piauí sobe cinco posições em índice de inovação, mas ainda investe pouco em tecnologia

Piauí avança no Índice de Inovação, mas se destaca entre os estados que menos investem em ciência e tecnologia no Brasil.

O estado do Piauí apresentou avanços significativos no Índice de Inovação dos Estados, subindo do 24º lugar em 2021 para o 19º em 2025. O novo ranking foi divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e reflete melhorias em diversos indicadores, embora o estado continue a se destacar negativamente em relação ao investimento em tecnologia e ciência.

O índice de inovação nos estados brasileiros

O Índice de Inovação é uma ferramenta crucial que avalia a capacidade inovadora dos estados brasileiros. Ele é dividido em duas dimensões principais: Capacidades e Resultados. A dimensão de Capacidades analisa recursos, estrutura, investimento público em ciência e tecnologia, capital humano, infraestrutura e instituições, enquanto a dimensão de Resultados mensura os efeitos finais do processo inovador.

No novo levantamento, o Piauí avançou em áreas como Instituições, onde subiu da 17ª para a 8ª posição nacional, e Sustentabilidade Ambiental, passando do 15º para o 7º lugar. Outro destaque importante foi o indicador Propriedade Intelectual, que viu o estado subir do 24º para o 21º lugar. Esse crescimento é um reflexo do aumento no registro de patentes, marcas, desenhos industriais e contratos de pesquisa, mostrando um aumento na capacidade de inovação e proteção de invenções no estado.

Desempenho e desafios do Piauí

Entre 2024 e 2025, o Piauí também teve um progresso destacado na dimensão de Capacidades, subindo cinco posições, indo da 22ª para a 17ª colocação nacional. Segundo Guilherme Muchale, gerente do Observatório da Indústria do Ceará, esse desempenho indica “uma transformação estrutural importante para o futuro do estado”.

Muchale também ressaltou que o compromisso com práticas sustentáveis, em conjunto com um ambiente institucional eficiente e a crescente proteção da propriedade intelectual, cria “condições favoráveis para o empreendedorismo e atração de investimentos”. Este otimismo, no entanto, contrasta com a realidade de que o Piauí permanece entre os estados que menos investem em ciência e tecnologia no Brasil, um fator que pode limitar o potencial de crescimento e inovação em longo prazo.

A importância do investimento em ciência e tecnologia

O investimento em ciência e tecnologia é essencial para qualquer estado que busca se desenvolver e competir em um mundo cada vez mais globalizado e tecnológico. A falta de recursos direcionados para estas áreas, conforme relatado por fontes oficiais, pode retardar o progresso econômico e social, dificultando a capacitação de profissionais e o surgimento de novas empresas inovadoras.

As ações públicas e privadas devem ser voltadas para a promoção de investimentos em infraestrutura, educação e pesquisa, a fim de fomentar um ecossistema de inovação robusto. O Índice de Inovação dos Estados, ao mapear essas variáveis, oferece uma visão clara sobre a situação e sugere áreas que precisam de maior atenção e financiamento.

A necessidade de políticas públicas eficazes

Com os dados apresentados, fica evidente a necessidade urgente de políticas públicas que fomentem não apenas a inovação, mas também a retenção e formação de talentos no Piauí. A criação de incentivos para empresas investirem em pesquisa e desenvolvimento, além de parcerias entre universidades e o setor privado, podem acelerar esse processo.

A promoção de um ambiente mais favorável à inovação poderia, assim, transformar Piauí em um polo de tecnologia e ciência regional, atraindo não apenas investimentos, mas também profissionais qualificados. Isso não apenas melhoraria o posicionamento do estado no Índice de Inovação, mas também traria benefícios concretos à sua população, elevando a qualidade de vida e gerando novas oportunidades de emprego.

Com um avanço notável, mas ainda com muitos desafios pela frente, o futuro do Piauí em relação à inovação depende de um comprometimento conjunto entre o governo, a iniciativa privada e a sociedade civil. Um esforço colaborativo que certamente será crucial para a consolidação do estado como um exemplo de desenvolvimento sustentável e inovador.

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