Brasil, 19 de agosto de 2025
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Simone Tebet fala sobre possível candidatura ao Senado em 2026

A ministra Simone Tebet evita comentar sobre transferência do domicílio eleitoral, mas defende revisão de subsídios fiscais no Congresso.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, tem chamada atenção nos bastidores da política ao evitar comentar a possibilidade de transferência do seu domicílio eleitoral para São Paulo, com o intuito de se candidatar ao Senado nas eleições de 2026. Embora a ideia agrade a setores do PT e conte com a anuência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca fortalecer sua base política no estado sob a liderança de Tarcísio de Freitas (Republicano), Tebet se mantém cautelosa em relação ao assunto, reiterando que ainda é cedo para discutir a corrida eleitoral.

Cautela nas declarações e foco na agenda fiscal

Durante sua saída do Congresso, onde participou de uma sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a ministra expressou a necessidade de priorizar assuntos relevantes, como o cuidado com o orçamento e as pautas de interesse do Congresso. “Só pretendo falar sobre a eleição em 2026. O meu estado chama-se Mato Grosso do Sul”, afirmou, ao ser questionada sobre sua possível candidatura.

Além de evitar questões eleitorais, Tebet aproveitou a oportunidade para defender a revisão de subsídios, com foco na preservação do equilíbrio fiscal. Durante a audiência, ela alertou que um corte de R$ 20 bilhões no orçamento, previsto para o próximo ano, seria “aquém do necessário” para atender as demandas do governo.

Subsídios: um tema polêmico e necessário

A ministra apresentou dados preocupantes sobre os subsídios, que totalizaram R$ 678 bilhões, representando 5,78% do PIB. Apesar de essa cifra representar uma queda em relação aos anos anteriores, quando o percentual superou 6,1%, Tebet acredita que um corte mais substancial é essencial. Contudo, ela ressalvou que os incentivos tributários previstos na Constituição não deveriam ser afetados por essa revisão.

“Nós estamos fazendo o dever de casa, mas está sendo insuficiente. Falar em revisão de gastos é cuidar bem do dinheiro do povo brasileiro. Não é algo nefasto, é responsabilidade fiscal”, enfatizou a ministra, ao abordar a necessidade de uma análise mais crítica sobre os subsídios que, segundo ela, muitas vezes beneficiam setores privados ao invés de priorizar as demandas públicas.

Propostas para 2026 e superávit primário

Sobre o corte tributário anunciado pelo governo de R$ 20 bilhões, Tebet se mostrou crítica e classifiqueiou a medida como insuficiente. Ela afirmou que o orçamento de 2026 deverá ser encaminhado ao Congresso até o próximo dia 31, e a meta fiscal prevista no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) segue inalterada, com a expectativa de um superávit primário de 0,25% do PIB no ano seguinte.

Além disso, a ministra apresentou a necessidade de uma divisão de responsabilidades entre os poderes para garantir o cumprimento das metas fiscais. Tebet destacou a importância do equilíbrio entre o Executivo, Legislativo e Judiciário, lamentando o crescimento de um “judiciário assistencialista”, que, segundo ela, pode comprometer a solidez fiscal do país.

A defesa do Judiciário garantista

Em um tom propositivo, Tebet comentou sobre sua visão a respeito do Judiciário, defendendo um modelo garantista, mas pedindo cautela em relação a um possível assistencialismo que poderia interferir nas ações do governo. “Precisamos tomar muito cuidado com um judiciário assistencialista”, concluiu, ressaltando que a responsabilidade na gestão fiscal é um tema central para o desenvolvimento do Brasil.

Com um cenário político e econômico em constante transformação, as declarações de Simone Tebet refletem a complexidade das decisões que estão por vir e a pressão que o governo enfrenta para equilibrar interesse político e a necessidade de uma gestão fiscal responsável. A ministra pode estar apenas no início de um grande desafio eleitoral e político, enquanto busca consolidar sua imagem em um campo ainda repleto de incertezas.

Essa movimentação no cenário político não apenas traz à tona as ambições individuais de figures como Simone Tebet, mas também coloca em evidência a crescente importância da responsabilidade fiscal na administração pública, um desafio que deverá ser enfrentado por todos os líderes políticos nos próximos anos.

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