Brasil, 19 de agosto de 2025
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Deputado Carlos Zarattini irá apresentar parecer sobre o IOF em setembro

O relator da MP do Imposto sobre Operações Financeiras busca consenso em meio a uma série de reformas tributárias no Brasil.

Em meio a uma ampla discussão sobre as reformas tributárias, o deputado Carlos Zarattini (PT/SP), relator da Medida Provisória (MP) do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciou que deve apresentar seu parecer na comissão mista encarregada de debater o tema até o dia 15 de setembro. A declaração foi feita durante um encontro promovido pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), realizado em 19 de agosto.

De acordo com Zarattini, o processo de discussão tem sido extenso e produtivo, envolvendo servidores e representantes de diversos setores econômicos. “Estamos empenhados em formar um consenso com todos os partidos, tanto na Câmara quanto no Senado, para garantir a aprovação da medida no Congresso”, ressaltou.

A evolução da MP nº 1.303 e seu impacto na economia

O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, complementou a discussão, ressaltando que a nova proposta tem como objetivo equilibrar as alíquotas dos títulos financeiros e combater a concentração de renda, além de minimizar a insegurança jurídica e as fraudes financeiras. “Não existe almoço grátis. Se um grupo não está pagando, outro acabará pagando”, enfatizou durante o evento da FPE.

Pinto ressaltou ainda que, atualmente, o governo deixa de arrecadar entre R$ 40 bilhões a R$ 50 bilhões anualmente com títulos isentos, uma situação que não favorece o tomador, pois os custos acabam sendo repassados ao investidor ou bancos. “A uniformização das alíquotas permitirá uma análise mais clara sobre ganhos e perdas dentro do sistema financeiro”, afirmou.

A Medida Provisória (MP) nº 1.303, cujo objetivo é fortalecer o arcabouço fiscal, está em apreciação no Congresso Nacional. Inicialmente, a proposta perderia validade em agosto, mas foi prorrogada até outubro devido à sua tramitação entre os parlamentares, que formaram um grupo de trabalho dedicado ao estudo do texto.

Principais pontos da proposta do governo

  • Tributação de títulos: A MP visa cancelar a isenção do Imposto de Renda (IR) para títulos incentivados, como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). Além disso, propõe uma alíquota uniforme de 17,5% para todos os investimentos no mercado financeiro, incluindo as criptomoedas. Essa proposta é vista com preocupação por diversos investidores e setores do mercado financeiro.
  • JCP e CSLL: A medida também aborda os Juros sobre Capital Próprio (JCP) e a Contribuição sobre Lucro Líquido (CSLL), prevendo um aumento da alíquota do IR de 15% para 20% em relação ao JCP e de 9% para 15% para a CSLL.
  • Bets: No mesmo sentido da tributação sobre investimentos, a MP aumenta a taxa de 12% para 18% sobre o Gross Gaming Revenue (GGR), transferindo a diferença diretamente para os clientes, entre o valor arrecadado pelas empresas de apostas e o que é pago a eles.
  • Inclusão do Pé-de-meia no piso da educação: O texto inclui o programa Pé-de-meia no cálculo do piso nacional da educação, assegurando que os recursos sejam contabilizados no percentual mínimo que a União destina à educação, baseado na receita de impostos.
  • Seguro-defeso: A proposta também discute a concessão do seguro-defeso, que é um benefício concedido durante a proibição da pesca para a preservação dos recursos naturais. A nova versão exigiria a homologação do registro do pescador pela prefeitura para concessão do benefício.
  • Auxílio-doença: A medida limita o prazo de concessão do auxílio-doença, reduzindo-o de 180 para 30 dias e tornando o pagamento do benefício dependente de perícia médica.

Com essas mudanças, o governo pretende criar um ambiente mais equilibrado e justo para a arrecadação, especialmente em um cenário de desafios econômicos. O debate em torno da MP nº 1.303 promete ser intenso nos próximos meses, refletindo a busca por soluções que atendam aos interesses variados da população e do mercado.

Para mais informações, acompanhe a tramitação e as discussões sobre a proposta no Congresso Nacional.

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