Brasil, 19 de agosto de 2025
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Turismo de colheita de morangos cresce no Espírito Santo

Experiência de colher morangos por quilo em Castelo atrai turistas e aumenta renda de produtores locais

Na região das Montanhas Capixabas, no sul do Espírito Santo, a prática de colheita de morangos, com pagamento por quilo, virou uma atração turística que cresce a cada fim de semana. A atividade, realizada em sítios como o Empório do Morango, atrai milhares de visitantes que buscam uma experiência rural e deliciosa, contribuindo para a economia local.

Colheita de morangos se torna atração turística em Castelo

Situado a um quilômetro da Igreja de Forno Grande, o sítio Empório do Morango, gerenciado pela família Kuster, recebe visitantes para a prática da colheita de morangos frescos nos fins de semana e feriados. Outros quatro sítios na região também adotaram o sistema “colha e pague”, impulsionado durante a pandemia e que hoje movimenta bastante a economia rural local.

Antes, a produção era vendida aos supermercados por R$ 10 o quilo, mas, com o sistema de visitação, os visitantes levam para casa morangos que chegam a custar R$ 35 o quilo. Cada visitante pode colher, em média, até 2 quilos de fruta, uma experiência que une lazer e renda extra para as famílias produtoras.

A inovação na produção e o impacto econômico

A família Kuster investiu R$ 390 mil em um sistema hidropônico, com 26 mil plantas cultivadas em estufas que garantem produção durante todo o ano. As estufas, rodeadas por lavandas aromáticas, proporcionam controle de temperatura e umidade, além de proteção contra pragas e intempéries. Assim, as plantas produzem cerca de dois quilos de morangos por ano, quase o triplo do sistema convencional de plantio no chão.

O suíço Jefferson Kuster conta que, com o trabalho da família, de sete funcionários, e a adesão dos visitantes, a renda mensal praticamente dobrou após a adoção do sistema de turismo agrícola. “Hoje, recebemos de 500 a 600 pessoas por fim de semana, e cada um colhe seu próprio morango, com pouquíssimo desperdício”, afirma.

Produção sustentável e preservação

Todo o sistema utiliza fertirrigação, com redução do uso de defensivos químicos, adotando fertilizantes biológicos. Além disso, o espaço conta com um lavandário que, além de gerar renda extra, recebe eventos como casamentos e chás-revelação. A infraestrutura reforça o potencial turístico e sustentável da região.

Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a região serrana do Espírito Santo, incluindo municípios como Domingos Martins e Venda Nova do Imigrante, é a maior produtora de morangos do Estado, cultivando cerca de 300 hectares e produzindo aproximadamente 10 mil toneladas por ano.

Com esse modelo de produção, combinando tecnologia, sustentabilidade e turismo, a região fortalece sua economia agrícola, promovendo uma nova forma de aproveitar o morango além do mercado convencional.

*A jornalista viajou a convite do Sebrae-ES

Para saber mais sobre o impacto do turismo agrícola, acesse o reportagem completa.

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