Brasil, 19 de agosto de 2025
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Região Norte é a última no ranking de inovação de 2025

A Região Norte ocupa a última posição no ranking de inovação de 2025, revelando desigualdades históricas no Brasil.

A Região Norte do Brasil foi classificada em último lugar no ranking do Índice de Inovação dos Estados, conforme um estudo recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Mantendo a mesma posição desde 2021, essa realidade ressalta as desigualdades econômicas que afetam a região e se tornam ainda mais evidentes com a proximidade da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que ocorrerá em Belém, Pará.

Desempenho da Região Norte no Ranking de Inovação

O índice geral de inovação colocou a Região Sudeste na liderança, seguida pelas Regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste. No contexto da Região Norte, o estado do Amazonas apareceu em 16º lugar, seguido pelo Pará (18º), Rondônia (21º), Roraima (23º), Amapá (24º), Acre (26º) e Tocantins (27º).

Dentre os Estados do Norte, o Pará obteve um desempenho maior nas avaliações de sustentabilidade ambiental e produção científica, alcançando o 8º e 9º lugares, respectivamente. Contudo, o estado caiu para o 23º em intensidade tecnológica e criativa, e 26º em competitividade global. A infraestrutura do Pará figural na 13ª posição no ranking.

O Índice de Inovação avalia 12 indicadores nos 27 estados brasileiros, com o objetivo de fornecer dados que possam informar políticas públicas efetivas. Este estudo é realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), através do Observatório da Indústria Ceará, em parceria com a CNI.

A importância do estudo para o desenvolvimento regional

Conforme Guilherme Muchale, gerente do Observatório da Indústria Ceará e coordenador do estudo, este levantamento serve como uma ferramenta estratégica para entender como cada estado está posicionado em relação à capacidade de gerar e transformar inovações em resultados concretos. “Ele atua como uma bússola para formuladores de políticas públicas, gestores empresariais e instituições de fomento”, afirmou Muchale.

O índice oferece também uma comparação histórica e geográfica detalhada, permitindo avaliar o impacto de investimentos, políticas e estratégias de desenvolvimento. Essa análise é apresentada anualmente a diversas secretarias estaduais, conselhos empresariais e organizações da sociedade civil.

A COP30 e as expectativas para o Pará

  • A COP30 acontecerá em Belém do Pará, entre 10 e 21 de novembro.
  • O estado está inserido na Região Norte, que enfrenta desafios históricos relacionados à desigualdade.
  • Em 2025, o Norte foi classificado em último lugar no ranking.
  • O Pará, apesar das críticas sobre a infraestrutura, ocupa o 8º lugar no índice geral e 8º em sustentabilidade.
  • O evento gera discussões sobre a adequação das condições para sediá-lo.

Resultados e avanços de outros estados

O estado de São Paulo se manteve em 1º lugar no ranking pela quinta vez consecutiva, seguido por Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A análise indica que estados do Nordeste, como o Ceará, Piauí, Alagoas e Pernambuco, apresentaram avanços significativos nos indicadores de inovação. O Ceará, por exemplo, subiu três posições, e o Mato Grosso do Sul avançou cinco lugares, subindo para o 11º lugar.

Jefferson Gomes, diretor da CNI, ressalta que esses avanços demonstram a capacidade transformadora de estados em cenários desafiadores: “Com políticas adequadas e investimentos, é possível alavancar a inovação, mesmo nas regiões que enfrentam grandes dificuldades”.

Indicadores de desempenho e evolução nos estados

O Índice de Inovação considera 12 indicadores cruciais, que vão desde capital humano até sustentabilidade ambiental. O Mato Grosso do Sul se destacou em investimento e financiamento público em ciência e tecnologia, subindo 11 posições para o 8º lugar. Já o estado do Goiás mostrou um bom desempenho, avançando em diversos indicadores como inserção de mestres e doutores no mercado de trabalho.

Na área de infraestrutura, estados como Alagoas e Mato Grosso do Sul apresentaram melhorias significativas. Alagoas subiu 11 posições, enquanto Goiás avançou de forma semelhante. Essas evoluções reforçam a importância de políticas focadas em inovação e na capacitação de recursos humanos, essenciais para o desenvolvimento econômico e social a longo prazo.

Com o cenário apresentado, fica evidente a necessidade de medidas eficazes para reduzir as disparidades regionais e aumentar a competitividade do Norte no Brasil, especialmente em meio a eventos de grande porte como a COP30.

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