Brasil, 19 de agosto de 2025
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Robôs enfrentam desafios em competição esportiva na China

Eventos exclusivos em Pequim revelam avanços e limitações na robótica durante Jogos de Robôs Humanoides

Na China, uma competição esportiva de robôs humanoides realizada neste fim de semana revelou tanto o progresso quanto as limitações da tecnologia robótica atual. O evento, que durou três dias em Pequim, contou com mais de 280 equipes de 16 países e incluiu modalidades como futebol, boxe e atletismo, destacando as dificuldades e avanços na área.

Robôs exibem avanços e limitadas habilidades atléticas

Durante as provas, alguns robôs realizaram cambalhotas e navegaram com sucesso por pistas de obstáculos, demonstrando avanços na locomoção e equilíbrio, segundo especialistas. No entanto, outros apresentaram dificuldades acentuadas, tropeçando, caindo ou sendo incapazes de realizar movimentos básicos, como socar ou chutar, como exemplificado em partidas de futebol e lutas de kickboxing. Um robô da Unitree Robotics, por exemplo, conquistou uma medalha de ouro na prova de atletismo indoor, embora sua velocidade fosse ainda bem inferior à de atletas humanos.

Limitações na precisão e coordenação dos robôs

Os testes mostraram que, apesar dos avanços em cambalhotas e movimentos acrobáticos, os robôs ainda enfrentam uma taxa de acerto baixa em tarefas esportivas, muitas vezes socando o ar ou tropeçando, conforme afirmou um comentarista na transmissão oficial. Alguns participarem de partidas de futebol, onde tropeços e quedas eram frequentes, evidenciaram dificuldades na coordenação motora e no controle de movimentos em ambientes mais desafiadores.

Robótica na China impulsionada por investimento e tecnologia

Segundo autoridades de Pequim, os Jogos de Robôs Humanoides funcionam como uma vitrine dos avanços no setor, refletindo uma estratégia do governo chinês de investir maciçamente em robótica e inteligência artificial. Essas iniciativas têm reduzido custos e facilitado o desenvolvimento de máquinas mais autônomas, que já revolucionaram a indústria local, além de promoverem uma imagem de liderança tecnológica global.

Ken Goldberg, professor de robótica da Universidade da Califórnia, destaca que, apesar das limitações, a capacidade de os robôs realizarem movimentos mais complexos, como cambalhotas e manipulação de terrenos, mostra uma evolução significativa. Contudo, ele reforça que os robôs ainda dependem de operadores humanos para funções de raciocínio e planejamento, sendo considerados “burros” na avaliação de alguns especialistas.

Perspectivas e desafios futuros

Analistas acreditam que, embora os desafios permaneçam, a indústria robótica na China deve evoluir rapidamente devido ao suporte governamental e à crescente pesquisa. Ainda assim, questões relacionadas à autonomia, precisão e inteligência artificial continuam sendo obstáculos a serem superados antes que robôs possam desempenhar tarefas físicas e cognitivas de nível mais alto com independência total.

As competições também evidenciam que, por enquanto, robôs ainda estão longe de substituir completamente humanos em tarefas esportivas, mas representam um passo importante na ampla trajetória de aprimoramento da robótica de alto nível.

Para mais detalhes, confira a matéria completa no site do Globo.

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