Brasil, 19 de agosto de 2025
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Lula busca parceiros para ampliar comércio frente ao tarifaço dos EUA

Após tarifas dos Estados Unidos, governo Lula negocia acordos com países aliados para mitigar impactos no comércio brasileiro.

Após a imposição de tarifas pelas autoridades dos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem tomado medidas importantes para amenizar os efeitos dessa decisão em setores vulneráveis da economia. As tarifas, que alcançam 50%, têm gerado preocupação, levando a administração atual a buscar novas parcerias comerciais que possam compensar as perdas financeiras resultantes do tarifaço.

Negociações para expansão do comércio internacional

Um dos principais objetivos do governo brasileiro tem sido a negociação com países parceiros para ampliar o fluxo comercial. Nos últimos dias, o presidente Lula tem realizado uma série de contatos, incluindo telefonemas com líderes de países estratégicos. Ele planeja conversar em breve com presidentes como Cyril Ramaphosa, da África do Sul, Emmanuel Macron, da França, e Friedrich Merz, da Alemanha, além da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O intuito é discutir maneiras de fortalecer a colaboração e mitigar os impactos das tarifas sobre as exportações brasileiras.

Entre as negociações mais promissoras, está a tentativa de finalizar um acordo de livre comércio com a União Europeia, que estava sendo negociado anteriormente. Lula, que atualmente preside o Mercosul e já deixou claro seu desejo de concluir este pacto até o final do ano, acredita que esse acordo pode trazer benefícios significativos para as exportações brasileiras.

Reuniões com potências emergentes

Além de se concentrar em mercados europeus, o presidente também estabeleceu um diálogo ativo com outras potências emergentes. Recentemente, Lula conversou com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. A Índia, assim como o Brasil, foi alvo das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos, o que forçou os dois países a se unirem em busca de alternativas. Na conversa, ambos se comprometeram a ampliar a cooperação nas áreas de comércio, defesa e saúde.

Na sequência, Lula teve um contato com o presidente da China, Xi Jinping. A pauta da conversa incluiu a exploração de novas oportunidade de negócios entre as economias brasileira e chinesa. O governo brasileiro, através de suas secretarias e ministérios, tem buscado implementar estratégias que aumentem as parcerias comerciais, incluindo um encontro recente do ministro da Casa Civil, Rui Costa, com o embaixador chinês para discutir novos mercados.

Perspectivas de desenvolvimento com a China

O ministro da Integração Regional, Waldez Góes, também está atuando para aprofundar as relações com a China. Na última semana, ele participou de uma missão ao país, onde abordou, entre outros temas, a possibilidade de estabelecer uma rota marítima direta entre a região da Grande Baía (Guangdong-Hong Kong-Macau) e o Porto de Santana das Docas, no Amapá. Essa iniciativa poderia acelerar o escoamento de produtos amazônicos, aumentando a competitividade da exportação brasileira.


A tarifa de 50% de Donald Trump

  • O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou em 31 de julho uma ordem executiva que oficializou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
  • A sobretaxa começou a valer no último dia 6 de agosto, enquanto cerca de 700 produtos foram exemptos, como suco de laranja e petróleo.
  • Uma recente proposta do governo Lula busca um pacote emergencial para minimizar os impactos da tarifa sobre os exportadores.

Reuniões no Brics e o futuro do comércio

Além disso, Lula está organizando uma videoconferência com os países do Brics para discutir uma posição coletiva sobre as tarifas impostas pelos EUA. Embora ainda não haja uma data definida para a reunião, já se sabe que durante a cúpula do Brics em julho, os países integrantes emitiram uma declaração que criticava o aumento indiscriminado de tarifas e práticas protecionistas.

Esse contexto traz à tona a necessidade de ações conjuntas entre os países do bloco e ressalta a importância de o Brasil buscar alternativas sustentáveis e diversificadas para o seu comércio exterior diante de uma economia global em constante mudança.

Com uma orientação voltada para o fortalecimento de laços internacionais, o governo Lula tenta reverter os impactos do tarifaço dos EUA e estabelecer uma trajetória de crescimento econômico em meio a um cenário desafiador.

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