Brasil, 19 de agosto de 2025
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Comissários de bordo da Air Canada desafiam decisão judicial e continuam em greve

Cerca de 10 mil comissários de bordo da Air Canada continuam em greve, desrespeitando ordem judicial para retorno ao trabalho, afetando 500 mil passageiros

Os comissários de bordo da Air Canada, que estão em greve desde a meia-noite de sábado, votaram nesta segunda-feira (18) contra a ordem de um tribunal para que retomassem as atividades, agravando a crise na companhia aérea canadense. A paralisação impacta aproximadamente 500 mil passageiros com rotas para 180 destinos nacionais e internacionais.

Tribunal ordena retorno imediato dos trabalhadores

O Conselho de Relações Industriais do Canadá (CIRB), órgão regulador, determinou que os comissários retornassem às suas funções antes das 12h de hoje, sob pena de sanções. A decisão foi tomada após a ministra do Trabalho, Patty Hajdu, invocar legislação para interromper a greve e forçar um acordo vinculativo entre a companhia aérea e o sindicato.

No entanto, o sindicato afirmou que não reconheceria a decisão judicial, mantendo a greve e impedindo a retomada do serviço de voos, o que gerou uma negativa por parte da Air Canada de restaurar parcialmente suas operações na noite de domingo.

Pressão e resistência dos trabalhadores

Na manhã desta segunda, a pressão sobre os funcionários aumentou, e o CIRB ordenou a volta ao trabalho antes do meio-dia, segundo informações da própria Air Canada. O presidente do Sindicato Canadense de Trabalhadores Públicos (Cupe), Mark Hancock, afirmou que a solução para o conflito “tem que ser encontrada em uma mesa de negociações” e que o sindicato não respeitará a decisão do tribunal.

“Nenhum de nós quer desafiar a lei”, destacou Hancock, ressaltando que o sindicato defenderá os interesses dos trabalhadores em terra durante os atrasos. Ele também advertiu: “Se a Air Canada acha que os aviões vão voar nesta tarde, estão muito enganados”.

Propostas da companhia aérea e críticas do sindicato

Na última quinta-feira, a Air Canada revelou um acordo potencial para os tripulantes de cabine, oferecendo um salário médio de cerca de 87 mil dólares canadenses (aproximadamente R$ 341 mil) em 2027 para um comissário de bordo sênior. Contudo, o sindicato considerou a oferta “abaixo da inflação” e “abaixo do valor de mercado”.

Para os trabalhadores, a proposta não é suficiente diante do aumento do custo de vida e das demandas por melhores condições de trabalho, o que alimenta a tensão entre as partes. A situação segue indefinida enquanto continuam os impasses legais e negociais.

Perspectivas e próximos passos

Especialistas enfatizam que a continuidade da greve pode prolongar os transtornos para os passageiros e afetar a reputação da Air Canada, além de complicar a situação financeira da companhia aérea canadense. A companhia afirmou que trabalha para retomar a normalidade, mas a resistência dos grevistas indica que a crise pode perdurar nos próximos dias.

Para mais detalhes sobre o conflito, acesse a matéria completa no O Globo.

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