Nesta segunda-feira (18), o dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,435, com alta de R$ 0,036 (+0,68%), após operar em forte alta ao longo de toda a sessão. A cotação atingiu a máxima de R$ 5,44 por volta das 15h40, refletindo o mercado global durante um dia marcado por tensões internacionais, especialmente envolvendo a guerra na Ucrânia.
Apesar da alta nesta segunda, a moeda estadunidense acumula uma queda de 2,97% em agosto, e registra uma redução de 12,07% até julho de 2025, demonstrando uma tendência de valorização do real no médio prazo.
Recuperação da bolsa de valores e otimismo com inflação mais controlada
Na Bolsa de Valores, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 137.322 pontos, com alta de 0,72%, após três dias consecutivos de queda. O movimento foi impulsionado pelo otimismo dos investidores diante da redução na previsão de inflação para 2025, que veio abaixo dos 5% pela primeira vez, anúncio feito por instituições financeiras neste início de semana.
Segundo o relatório divulgado pela Bloomberg, a expectativa de inflação mais controlada aumenta as chances de o Banco Central cortar os juros no começo do próximo ano, estimulando a migração de investimentos da renda fixa para as ações.
Indicadores econômicos sinalizam desaceleração da economia brasileira
Além disso, o indicador IBC-Br, do Banco Central, que funciona como uma prévia do PIB, apontou recuo de 0,1% em junho, sinalizando que o aperto monetário dos últimos meses está desacelerando o crescimento econômico brasileiro. O cenário favorece uma postura mais favorável ao mercado de ações, diante do menor risco de inflação elevada.
O dia também foi marcado pela força do dólar no cenário internacional, reflexo das incertezas nas negociações sobre a guerra na Ucrânia, que fizeram a moeda estadunidense se valorizar frente às principais divisas do mundo, embora o real tenha se apreciado consideravelmente nos últimos dias.
*com informações da Reuters