Brasil, 19 de agosto de 2025
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Equipe econômica teme desaceleração do PIB devido às altas de juros

A economia brasileira mostra sinais de fraqueza, com previsão de corte na Selic e queda na atividade econômica, conforme dados recentes

A equipe econômica do Brasil está preocupada com a desaceleração da atividade e acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve iniciar um ciclo de corte de juros até o final do ano. Isso ocorre após o dado do IBC-Br de junho, que aponta uma perda de fôlego na atividade econômica, mesmo que seja uma análise retrospectiva.

Indicadores apontam para desaceleração e ajustes na política monetária

O boletim Focus revelou que a projeção de inflação para 2025 caiu para abaixo de 5%. Essa tendência, iniciada no segundo trimestre, deve se aprofundar nos próximos meses, indicando que a economia perde velocidade e capacidade de crescimento. Ainda que os números do Banco Central não reflitam o impacto das tarifas de 50% sobre produtos do Donald Trump, as próximas divulgações deverão refletir esses efeitos.

Segundo fontes da equipe econômica, houve uma superdosagem do Banco Central ao manter os juros elevados. A percepção é de que não faz sentido manter a Selic em 15%, o maior patamar em quase duas décadas, diante de uma inflação em recuo e de sinais claros de desaceleração econômica. O entendimento do mercado é de que o Banco Central deve “acordar” logo, pois a forte sequência de sete altas de juros já impactou a economia, e há espaço para cortes na taxa básica.

Expectativa de cortes na Selic e impacto na atividade econômica

Espera-se que o Banco Central comece a reduzir a Selic ainda neste ano, com possibilidades de queda ao longo de 2026, com projeções de que a taxa encerre o próximo ano em torno de 12,5%, conforme o Banco Central. Os analistas avaliam que, se não houver cortes até o fim de 2025, o crescimento do país poderá ficar seriamente comprometido.

Durante evento na tarde desta segunda-feira, o diretor de Política Monetária do BC, Diogo Guillen, afirmou que o banco ainda analisa se a taxa de juros atual é adequada para levar a inflação à meta de 3%. “A gente ainda avalia se essa é a taxa de juros apropriada para levar a inflação para a meta”, disse Guillen, reforçando a cautela do órgão.

Sinalizações e perspectivas para o segundo semestre

O mercado financeiro discute bastante a possibilidade de cortes de juros neste semestre, com apostas de que o Copom pode começar a baixar a Selic ainda neste ano, seguindo a tendência de redução ao longo de 2026. Entretanto, o Banco Central busca administrar as expectativas e não tem sinalizado oficialmente uma mudança de rumo até o momento.

A desaceleração do PIB, que registrou uma queda de 0,1% em junho, acendeu o alerta entre os analistas. O desempenho do primeiro semestre ainda aponta crescimento de 1,8%, sustentado pelo forte avanço no primeiro trimestre. No entanto, o segundo trimestre revelou perda de ritmo, com setores como indústrias e agricultura em declínio.

Desafios setoriais e perspectivas para o crescimento

Dados do Banco Central indicam que, enquanto os serviços se mantiveram praticamente estáveis em junho, a indústria e a agricultura tiveram retrações, com destaque para o setor agropecuário, que caiu 3%. A preocupação maior está na indústria, que sofre com a perda de competitividade internacional devido às tarifas elevadas e ao encarecimento dos custos de produção.

Economistas e analistas concordam que o segundo semestre será marcado por uma atividade econômica mais fraca. A expectativa é de que os juros comecem a cair, embora o momento exato ainda seja incerto. O mercado financeiro aposta em cortes já neste ano, com a expectativa de uma Selic em 12,5% no final de 2026, mas o Banco Central continua evitando sinalizações claras, preferindo administrar a incerteza.

Ao comentar o cenário, o diretor do BC afirmou: “Na última reunião, decidimos manter a taxa de juros, mas estamos avaliando se essa é a taxa adequada para levar a inflação à meta. Assim que decidirmos, ela ficará sistematicamente ligada à nossa estratégia de gestão.”

Para mais detalhes, confira o fonte original.

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