Brasil, 18 de agosto de 2025
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Médica espancada em São Paulo começa a recuperar memória

A médica de 27 anos foi vítima de agressão brutal pelo namorado fisiculturista e está em processo de recuperação.

Um caso de violência doméstica que chocou a sociedade brasileira ganha novos desdobramentos. A médica de 27 anos, agredida por seu namorado, o fisiculturista Pedro Camilo Garcia Castro, começou a retomar a consciência e a memória após passar por um quadro de amnésia. O incidente ocorreu em 14 de julho, em um apartamento alugado pelo casal em Moema, São Paulo, e resultou na prisão de Pedro, que já se encontra detido por seus atos violentos.

O tratamento e a recuperação da vítima

De acordo com a advogada da vítima, Gabriela Manssur, ela começou a se lembrar do dia das agressões e vem se recuperando gradativamente. A médica foi internada em estado grave e logo transferida a um hospital em Santos, onde permaneceu sob cuidados até receber alta em 27 de julho. “Ela está começando a retomar a sua consciência e se movimentar de forma um pouco mais livre e segura”, comentou Gabriela, revelando também que a jovem passa por um acompanhamento que envolve neurologistas, psiquiatras e psicólogos.

O papel da neurologista Andréa Anacleto

A neurologista Andréa Anacleto, que analisou o caso, relatou que a perda de memória da médica pode estar relacionada a dois tipos diferentes de amnésia: a pós-traumática e a dissociativa. A primeira é baseada em trauma físico, como lesões cerebrais causadas por socos ou impactos. Já a amnésia dissociativa, que ocorre em respostas a traumas emocionais intensos, pode fazer com que a mente “bloqueie” certas memórias. Ambos os tipos podem ser observados em casos de violência doméstica.

Segundo Andréa, os tratamentos para esses tipos de amnésia requerem uma abordagem multidisciplinar. Além de especialistas em neurologia, a vítima deve ser acompanhada por profissionais em psicologia e fisioterapia para lidar com as sequelae emocionais e físicas resultantes da agressão.

Violência doméstica e suas consequências

Casos como o da médica são alarmantes e refletem uma epidemia de violência contra a mulher que se intensifica no Brasil. A advogada Gabriela Manssur enfatizou a importância de manter a prisão do agressor. A Justiça de São Paulo negou o pedido de habeas corpus de Pedro Camilo, que continua detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente. Este é um passo importante na luta por justiça e proteção das mulheres que sofrem violência.

Decisão da Justiça e a importância da punição

Segundo a decisão do juiz Diego De Alencar Salazar Primo, o agressor mostrou um comportamento perigoso e covarde. O juiz destacou o “descontrole emocional” de Pedro, que teve a prisão preventiva convertida devido à gravidade do crime. Gabriela, representando a vítima, declarou que essa decisão é significativa não apenas para o caso, mas também para a sociedade, que presencia diariamente agressões e assassinatos de mulheres.

Perspectivas futuras para a vítima

A médica passa por um processo de muitas incertezas. Além das cirurgias já realizadas, novas intervenções na face, nariz e arcada dentária estão previstas para corrigir os danos físicos causados pela agressão. Em casa, acompanhada pela família, ela enfrenta o dia a dia com grande resiliência, enquanto busca recuperar sua memória e retomar o controle de sua vida.

Este caso traz à luz uma realidade brutal que muitas brasileiras enfrentam e ressalta a necessidade urgente de um sistema judicial eficaz que proteja as vítimas e puna os agressores com rigor. Assim, espera-se que casos como este se tornem menos frequentes e que a sociedade se una para combater a violência doméstica.

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