Em entrevista recente à Vogue, Mila Kunis compartilhou os esforços extremos que enfrentou durante a preparação para seu papel no filme “Cisne Negro” de 2010. Ela revelou que a rotina de preparo envolveu dança intensa e uma alimentação extremamente restritiva para atingir o corpo magro necessário à personagem Lily.
Rotina exaustiva e regime alimentar
Segundo Mila, sua preparação incluiu dançar por até 12 horas diárias e consumir aproximadamente 1.200 calorias por dia. “Meu preparo foi muita dança e muito pouca comida — o que sei que não se deve dizer, mas é a verdade. Bebi muito caldo e dancei bastante”, relatou à Vogue. Para parecer convincente como bailarina, ela chegou a pesar apenas 43kg.
Em entrevistas anteriores, Mila explicou que perdeu peso até chegar a 95 libras (cerca de 43kg) para alcançar o visual desejado. Ela afirmou que, durante o processo, fumou bastante e controlou sua alimentação de forma bastante severa. “A melhor forma de fingir que você é uma bailarina é quase parecer uma”, disse em entrevista ao Howard Stern em 2016. “Para isso, quase tenho que parecer que realmente sou.”
Cuidados e desafios durante as filmagens
Além do controle de peso, Mila destacou os efeitos físicos do treinamento intenso. Ela comentou que as cenas de dança do filme a deixaram com hematomas e que, em uma ocasião, teve um ombro deslocado. “Fiquei completamente frustrada, mas Darren Aronofsky me encaminhou para um acupunturista, e de alguma forma consegui recuperar-me”, relatou.
A atriz lembrou ainda que Natalie Portman, que também atuou no filme, sofreu uma lesão no set ao ser empurrada contra um espelho. Mila revelou que Portman tinha marcas de corte no pescoço, embora ela mesma tenha se lembrado das marcas de escoriações ao redor do seu próprio pescoço.
Contexto de saúde e critica ao método
Mila ressaltou que, embora tenha conseguido perder peso de forma “saudável” na época, ela não recomenda esse tipo de regime. “Não aconselho ninguém a fazer o que eu fiz. Foi horrível”, afirmou. Ela também mencionou que parou de fumar, que fazia parte do seu método de preparação, e que evita repetir aquele processo.
Reflexões sobre a fama e o esforço físico
A atriz revelou que o esforço para interpretar Lily foi extremo e destacou os riscos envolvidos em rotinas restritivas e de privação de alimentos. Seu relato reforça a importância de debates sobre saúde mental, distúrbios alimentares e o impacto de pressões estéticas no universo do entretenimento.
Para quem busca ajuda ou conhece alguém que precisa, a Associação Nacional de Transtornos Alimentares oferece apoio pelo telefone 1-800-931-2237 ou pelo aplicativo de apoio 24/7 enviando “NEDA” ao 741741.